Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




05 julho 2011

Onda Verde

A onda verde pairou no ar este mês que voou, por conta do dia mundial do meio ambiente, dia 05, e ações, reações e intenções movimentaram a comunidade.

Uma das ações cantada pelo sabiá e realizada pela gestão municipal foi à desapropriação de áreas na REBIO – Reserva Biológica Municipal da Serra do Japi, que costumeiramente acontece nesta data, com o uso dos recursos financeiros do fundo municipal de meio ambiente, e nem “sempre” fica claro a informação do local aonde foi o feito.

Pela legislação ambiental vigente, é fundamental e obrigatório alçar vôos na direção da desapropriação de áreas particulares de uma REBIO.

Migrando da Rebio, porção pequena comparada com o todo Serra do Japi, eis que pouso na idéia, de além da continuidade do planejamento e execução das desapropriações da Reserva; a criação de um plano de expansão de desapropriações, rompendo fronteiras, aumentando áreas de proteção integral, considerando o total território japiense (Zonas de Preservação, Conservação e Restauração).

Apropriações públicas de áreas onde forem constatadas, através de pesquisas científicas e pareceres técnicos, funções ambientais: amortecimento, corredores ecológicos e estratégias de recuperação, preservação e manutenção de interações fauna e flora, bem como, a existência de bioindicadores ambientais, como foi proposto pela Dra. Claúdia Yoshida, em seus estudos, que detalhou o conhecimento técnico-científico sobre os macroinvertebrados e os peixes dos riachos da Serra do Japi.

Com profunda clareza, seu trabalhou considera de suma importância estes bioindicadores, como elementos de monitoramento ambiental e, que tais encontram-se em áreas cuja pressão antrópica é constante e crescente, áreas onde a legislação municipal vigente é frouxa e permite, por exemplo, empreendimentos de alto padrão, desde que respeitado o índice de ocupação e aproveitamento.

Outras áreas de apropriação pública, deste plano de expansão e rompimento de fronteiras (REBIO), deveriam ser aquelas que constantemente sofrem impactos ambientais, onde seus proprietários não condizem com a sensibilidade ambiental que a Serra do Japi necessita e, continuam de forma arcaica explorando o solo.





Para tal plano criar asas, é fundamental: um estreitamento específico e participativo com os pesquisadores, pois há mais de décadas estudam os ni(c)nhos do Japi e podem auxiliar com conhecimento embasado a constituição desse, priorizando as áreas de relevâncias, e fiscalização do Japi em seus quatro cantos.

A REBIO não atingiu o marco de 100% de apropriação pública, mas outras áreas, principalmente as de amortecimentos, deveriam ser pautadas em um novo prisma, por quê?

Porque a REBIO é um território pequeno delimitado com garantia de proteção permanente prevista pela lei e porque estamos falando de um “tesouro da natureza”, eu diria um caldeirão de muitas bio-novidades, o “muito pouco” que restou de um dos biomas mais ricos mundialmente em biodiversidade.

E, preservar esta pequena porção do território, não garantirá a continuidade dos serviços ambientais que o Japi propicia.

O Japi é um todo, seus limites são naturais e estão em redução cada vez mais, com os limites criados e impostos por alguém que traço-os em uma cartografia-lei.





13 maio 2011

Próximo passo para preservação da Serra do Japi

"Quero a floresta no lugar da cidade!” Na real, quero que a floresta que restou, seja preservada e que a cidade pare de subir, paulatinamente, e invadir a floresta!

Este desejo sincero e profundo é consenso de uma gama de cidadãos cônscios, mas ainda falta algo para se materializar.

Este algo ainda não é consenso, infelizmente, e por não chegar ao um denominador comum entre os que querem a floresta viva e em pé, as discórdias de como manter o Japi, acaba beneficiando somente os quem tem interesses difu$o$.

Isto permanece sobre a atmosfera dos atores da Serra do Japi, que hoje discutem qual seria o próximo passo para preservar um dos mais importantes fragmentos florestais do Estado de São Paulo.

As discussões giram em torno da criação de um parque estadual delimitado pelo polígono do tombamento, cota de 800 metros, projeto de lei, que segundo informações, galga em bons ventos pela Assembléia Legislativa com forte intenção de aprovação; outra proposta é a implementação de um mosaico de unidades de conservação, que contemplaria uma junção de categorias apregoadas pelo SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação) caracterizando uma gestão moderna e inovadora, agregando a Rebio (Reserva Biológica) a um novo parque municipal (área da cachoeira Morangaba), a RPPN’s (Reserva Particular do Patrimônio Natural), a corredores ecológicos e outras modalidades, dependendo das características e relevância de cada área em questão; e por fim, a proposta da manutenção da lei complementar municipal nº 417/2004 que é considerada um marco histórico de preservação do território da Serra do Japi, pois têm “segurado”, não como todos gostariam, a forte pressão imobiliária na franja da Serra e, contou com a participação de todos os atores da Serra do Japi em sua elaboração.

Lendo as entrelinhas de cada proposta, considero que as sinopses são as mesmas, o que muda, são as resenhas e os autores.

Mas, como sempre há fatos diversos e opostos, existem contrapontos a considerar de cada proposta: um parque estadual que contempla somente a linha de tombamento não segura a pressão imobiliária que há no sopé da Serra do Japi, pelo contrário, valoriza estas áreas para empreendimentos de alto padrão, permitindo que a cidade invada a floresta ao invés do contrário, a floresta permear a cidade, e considerando a maneira que foi proposto, apesar da boa intenção, não envolveu em momento algum os atores da Serra do Japi; o mosaico de UC’s (Unidades de Conservação) é uma proposta ousada e inovadora, mas somente pode garantir e contemplar o município de Jundiaí, e a Serra do Japi engloba três outros municípios: Cabreúva com 41,16% do território, Pirapora do Bom Jesus com 10,49% e Cajamar com o restante de 0,68%, e infelizmente a destruição, os impactos ambientais, nestes municípios são gritantes; e, a manutenção da lei municipal complementar nº 417/2004 que proporciona a implementação de empreendimentos que mesmo com um considerável índice reduzido de aproveitamento de uso e ocupação do solo, o impacto ambiental (antrópico e visual das interferências) é eminente, possibilitando a continuidade da Serra, patrimônio da humanidade, permanecer em mãos individuais, com interesses particulares.

Enquanto não há desfecho para este imbróglio, penso que o próximo passo apressado que devemos dar tem o slogan: “SOS JAPI” e paralisa todas as autorizações, anuências, diretrizes e aprovações de projetos, até que haja definitivamente a demarcação da trilha que a Serra do Japi deve percorrer, e que todos os cidadãos possam participar das discussões públicas.

Isto significa um indeferimento geral dos interesses e propósitos particulares que constantemente adentram para análise do Conselho Gestor do Território da Serra do Japi, com a propositura de loteamentos e outros usos.

Obs: Estes meses atrás, foram 03 (três) pleitos de loteamento, que o Conselho Gestor do Território da Serra do Japi indeferiu, porém em um deles, Fazenda do Conde, a Prefeitura Municipal aprovou o desmembramento da área em 05 glebas sem o consentimento do Conselho Gestor.

Aproveito o espaço para um precioso convite a todos os amantes, ambientalistas e apreciadores das montanhas quartzíticas da Serra do Japi, a participarem das discussões e das reuniões do Conselho, que ocorrem todas as terceiras quarta-feira dos meses, às 16:00h, no paço municipal, costumeiramente no 8º andar do Paço Municipal.

Saudações Japienses e votos para que sempre possamos olhar no horizonte e avistar o Japi, verde e exuberante, pulsando as riquezas naturais, seus tesouros.

08 maio 2011

Minha Mãe

Minha Mãe é Maria,

Maria de Lurdes,

Maria de Amor,

Maria de Ademir

Maria de Bondades,

Maria de Carinhos,

Maria de Desígnios,

Maria de Eloqüências,

Maria de Fé,

Maria de Generosidades,

Maria de Histórias,

Maria de Idéias,

Maria de Jardins,

Maria de Juliana,

Maria de Karaokê,

Maria de Luz,

Maria de Maria,

Maria de Nossa,

Maria de Oz,

Maria de Paz,

Maria de Patrícia,

Maria de Qualidades,

Maria de Resiliência,

Maria de Rauan e Raine,

Maria de Sinceridades,

Maria de Sandro,

Maria de Tatos,

Maria de Única,

Maria de Verdade,

Maria, Xará de outras Marias,

Maria de Wafer-favo,

Maria de Yes,

Maria de Zelo.



“Minha Mãe Maria, de A a Z, não consigo exprimir suas virtudes e meu amor por Você.”

25 abril 2011

I nova R

Vou me encontrando,

Em todos os dias de ontem,

Cada recordação,

Em todos os dias de amanhã,

Cada sonho,

Eu ou tono,

Efêmeros tons,

Outros eu(s),

Que enunciam:

Não serei a mesma sempre,

Sempre serei Eu mesma.



“Mãe como é seu o meu aniversário”



Esta é minha poesia, quem quiser que escreva outra...






12 abril 2011

Rosa dos Ventos

Para alguém especial...

...Um certeiro sopro,

Rumo sul,

Solene sonoriza,

Velame aceso,

Data célebre querida,

De falas mudas,

Em gritos desejos,

Infinita felicidade,

Longos anos de vida,

Ancorado no fôlego,

Saúde,

Sorte,

Sucesso,

Sossego,

Orçado em bons ventos,

Regalo de incentivo,

Mastro inspirador,

(en) Volver teu dom,

Que rascunha,

Rabisca,

Desenha,

...Sonhos...

Nas pausas da vida.

by Paty




31 março 2011

Marcos ambientais de março

 Neste mês, março, além de celebrar mais um ano o primeiro referendo preservacionista da Serra do Japi, o tombamento, comemora- se o dia mundial da água e acontece a ação mundial: hora do planeta.

A leitura cronológica destes marcos ambientais instiga uma avaliação minuciosa. Há vinte e oito anos o tombamento poligonal do Japi sucedeu para disciplinar o uso e a ocupação do solo, há dezenove anos elaborou-se a declaração de dez direitos universal da água, para garantir a continuidade da vida, e mais recentemente, há 4 anos, articula-se o movimento contra o aquecimento global, afim de evitar um colapso mundial.


Estes eventos de suma importância são verdadeiros paradoxos, que a cada ano evolui contrapontos e insights dignos de reflexão.


Começo abordando o tombamento da Serra do Japi; Por que atividades altamente impactantes são desenvolvidas até hoje no frágil território? Quais ações mitigadoras, compensatórias e prevencionistas são desenvolvidas nas áreas que sofreram e/ou sofrem impactos ambientais? Como está a gestão participativa e aplicada?


Agora, outra diretiva não menos importante relacionada com a questão hídrica do município; Existe um plano de gerenciamento hídrico, compatibilizando os recursos disponíveis com o uso? Que controles existem quanto à poluição das águas, principalmente nas áreas rurais, onde é desenvolvida agropecuária ?


Quanto é a disponibilidade hídrica em Jundiaí considerando o aumento populacional? O que tem sido feito para preservar as nascentes nas áreas rurais e urbanas que ainda não foram enterradas? E, qual é a previsão para sanear os locais que ainda não possui saneamento básico?


Por fim, o movimento anti o aumento da temperatura do planeta; O município se integrou à lista das cidades participantes? Existem ações educacionais no município que fomentam a participação e divulgação do movimento? O que Jundiaí faz contra o aquecimento global?


Eu desconheço as respostas! E tenho uma interjeição, o dever verde azul está em vermelho no boletim estadual, como mostra a pontuação do selo municipal ambiental, o qual o município não conseguiu aprovação, re-certificação!


Penso que por termos uma Serra do Japi, que clama por longos anos a atenção e é inspiração para tantos, um “conforto hídrico” propagado, com as águas da bacia hidrográfica do Japi e do rio Jundiaí – Mirim e, por apregoar-se qualidade de vida aos munícipes, as questões acima deveriam estar bem elucidadas ou pelo menos rascunhadas, onde as resoluções pudessem ser passadas a limpo, do papel legal para a prática real, com transparência e de conhecimento público.


Uma gestão ambiental eficiente dá sólidos subsídios às ações, e podem ser estendidas em todos os atributos ambientais da cidade, conquistando notas azuis e pontuações verdes da comunidade.


Isto se resume em pensar globalmente e agir localmente, estreitar ações coletivas com individuais, na sinergia do bem comum e da continuidade da vida.


Mas, para a utopia virar fato, pois não cabem somente aos dirigentes políticos os feitos, a comunidade precisa interagir, integrar, exigir e fazer acontecer.


Portanto, mais uma pergunta que não posso deixar de digitar: Quem está preocupado com tudo isso?



“Deixe suas pegadas no Japi,
Mas não suas marcas impactantes,
Feche as torneiras,
Mas não os olhos,
Apague as luzes,
Mas não os ideais”.






04 fevereiro 2011

Flor em foto

Se pudesse,
Liofilizaria flor,
Eternizando desabrochar.

Extrairia essências,
Capturando perfumes.

A cada dia,
Contemplaria obra-prima,
Maestria materializada.

Mas, não posso!

Fixo minha lente,
Foco amador,
Armando o ato.

Capto luz,
Registro matéria-prima,
Imprecisão,
Da imensa beleza divina.



 





30 janeiro 2011

Estação Férias

Em tempos; feliz 2011! Os votos e a vibe de feixes de luz de felicidades, alusivos para recomeçar o novo, tudo de novo, ainda em janeiro fica valendo, e é para o ano inteiro.


Talvez, o primeiro mês do ano, o marco de um ciclo encerrado e outro iniciado, instigue a coletividade, como nem outro mês, a individualmente fluir bons pensamentos e anseios para o bem comum.

Janeiro tem uma pegada diferente mesmo; os dias mais longos, a estação mais quente, um desaceleramento natural pra uns, pra outros, um aproveitamento diferente do corre-corre e ainda, férias pra alguns.

Férias, ahhh delícia! Sinônimo de diversão, inversão, viagens, descansos, fotos, fatos, mas nem sempre é possível materializar todos sinônimos, e ai, a criatividade pra inventar a curtição fica aguçada, principalmente pra quem tem filhos.

É nessas horas, principalmente, que os olhares atentos encarando a cidade para desvendar seus atrativos são despertados. As questões que com certeza surgem com freqüência, são as dúvidas do que fazer nas férias, para aproveitar o tempo livre, preencher o ócio e desaprender a rotina, na cidade.

Eu, pessoalmente, gosto de contemplar os atrativos que Jundiaí oferece. Faço questão de prestigiar, quando divulgado, aquilo que me agrada. Porém o sintoma que paira nos munícipes é que uma cidade do calibre de Jundiaí pouco oferece a comunidade, e não somente nessa época, estação férias, mas o ano inteiro.

Algumas praias aqui; Teatro Polytheama, Sala Glória Rocha, Museu Solar do Barão, Museu da Energia, Argos, Parque da Uva, Parque da Cidade, Centros Esportivos, Jardim Botânico e até as trilhas monitoradas na Serra do Japi; poderiam virar estações férias, ou melhor, estações convidativas de paradas para cultura, lazer, esporte, entretenimento, conhecimento e diversão.

Mas o que noto acontecendo, diferentemente desta idéia, é que tais locais também estão em férias e, justamente na estação férias da galera.