"Quero a floresta no lugar da cidade!” Na real, quero que a floresta que restou, seja preservada e que a cidade pare de subir, paulatinamente, e invadir a floresta!
Este desejo sincero e profundo é consenso de uma gama de cidadãos cônscios, mas ainda falta algo para se materializar.
Este algo ainda não é consenso, infelizmente, e por não chegar ao um denominador comum entre os que querem a floresta viva e em pé, as discórdias de como manter o Japi, acaba beneficiando somente os quem tem interesses difu$o$.
Isto permanece sobre a atmosfera dos atores da Serra do Japi, que hoje discutem qual seria o próximo passo para preservar um dos mais importantes fragmentos florestais do Estado de São Paulo.
As discussões giram em torno da criação de um parque estadual delimitado pelo polígono do tombamento, cota de 800 metros, projeto de lei, que segundo informações, galga em bons ventos pela Assembléia Legislativa com forte intenção de aprovação; outra proposta é a implementação de um mosaico de unidades de conservação, que contemplaria uma junção de categorias apregoadas pelo SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação) caracterizando uma gestão moderna e inovadora, agregando a Rebio (Reserva Biológica) a um novo parque municipal (área da cachoeira Morangaba), a RPPN’s (Reserva Particular do Patrimônio Natural), a corredores ecológicos e outras modalidades, dependendo das características e relevância de cada área em questão; e por fim, a proposta da manutenção da lei complementar municipal nº 417/2004 que é considerada um marco histórico de preservação do território da Serra do Japi, pois têm “segurado”, não como todos gostariam, a forte pressão imobiliária na franja da Serra e, contou com a participação de todos os atores da Serra do Japi em sua elaboração.
Lendo as entrelinhas de cada proposta, considero que as sinopses são as mesmas, o que muda, são as resenhas e os autores.
Mas, como sempre há fatos diversos e opostos, existem contrapontos a considerar de cada proposta: um parque estadual que contempla somente a linha de tombamento não segura a pressão imobiliária que há no sopé da Serra do Japi, pelo contrário, valoriza estas áreas para empreendimentos de alto padrão, permitindo que a cidade invada a floresta ao invés do contrário, a floresta permear a cidade, e considerando a maneira que foi proposto, apesar da boa intenção, não envolveu em momento algum os atores da Serra do Japi; o mosaico de UC’s (Unidades de Conservação) é uma proposta ousada e inovadora, mas somente pode garantir e contemplar o município de Jundiaí, e a Serra do Japi engloba três outros municípios: Cabreúva com 41,16% do território, Pirapora do Bom Jesus com 10,49% e Cajamar com o restante de 0,68%, e infelizmente a destruição, os impactos ambientais, nestes municípios são gritantes; e, a manutenção da lei municipal complementar nº 417/2004 que proporciona a implementação de empreendimentos que mesmo com um considerável índice reduzido de aproveitamento de uso e ocupação do solo, o impacto ambiental (antrópico e visual das interferências) é eminente, possibilitando a continuidade da Serra, patrimônio da humanidade, permanecer em mãos individuais, com interesses particulares.
Enquanto não há desfecho para este imbróglio, penso que o próximo passo apressado que devemos dar tem o slogan: “SOS JAPI” e paralisa todas as autorizações, anuências, diretrizes e aprovações de projetos, até que haja definitivamente a demarcação da trilha que a Serra do Japi deve percorrer, e que todos os cidadãos possam participar das discussões públicas.
Isto significa um indeferimento geral dos interesses e propósitos particulares que constantemente adentram para análise do Conselho Gestor do Território da Serra do Japi, com a propositura de loteamentos e outros usos.
Obs: Estes meses atrás, foram 03 (três) pleitos de loteamento, que o Conselho Gestor do Território da Serra do Japi indeferiu, porém em um deles, Fazenda do Conde, a Prefeitura Municipal aprovou o desmembramento da área em 05 glebas sem o consentimento do Conselho Gestor.
Aproveito o espaço para um precioso convite a todos os amantes, ambientalistas e apreciadores das montanhas quartzíticas da Serra do Japi, a participarem das discussões e das reuniões do Conselho, que ocorrem todas as terceiras quarta-feira dos meses, às 16:00h, no paço municipal, costumeiramente no 8º andar do Paço Municipal.
Saudações Japienses e votos para que sempre possamos olhar no horizonte e avistar o Japi, verde e exuberante, pulsando as riquezas naturais, seus tesouros.
Querida Paty, menina orquídea rara!
ResponderExcluirTenho que agradecer todos os dias por sua dedicação e cuidado para com este paraíso precioso! Estamos alertas e vamos abraçar cada vez mais pessoas conscientes para esta luta.
Muitos beijos, ecobeijos!
Pri
Parabéns mulher,me sinto orgulhosa de morar em Jundiaí com essa Serra maravilhosa...vamos preservá-la...bj
ResponderExcluirPri, amiga da fluoresta!
ResponderExcluirNão há o que agradecer, eu, sim, que tenho a agradecer por ter o privilégio de ter em meu horizonte esta Serra, que me inspira e me impulsiona.
Imagine Jundiaí sem o Japi??
Não dá né, a cidade não seria a mesma.
Ecobeijos.
Eu tb Li, paro e me deparo com este precioso tesouro!
ResponderExcluirValeu, apareça sempre, apesar de ultimamente não conseguir escrever com tanta frequência, como era minha proposta inicial, ao criar este espaço.
Mas, não vou deixar de escrever não, pelo menos uma vez ao mês, estarei da mente pondo no papel, ops no blog.
ecobeijos