Depois de dias acinzentados, eis que finalmente o azul funde-se ao infinito.
Na manhã ensolarada, há rastros das correntezas e estímulo em desfrutar o dia.
Em rotação ritmada: marchas, câmbio, catraca; pelos aclives, declives e curvas, direção traçada, poucos instantes, chega-se à zona rural de Jundiaí.
Em poucas pedalas o caminho da roça inicia e segue aromatizado pelo tempo; terra crua e molhada.
O fascínio pelo vento no rosto em cima de duas rodas silenciosas é apreciado por uma gama de ciclistas em Jundiaí, que tem a bike como companheira de aventuranças e de fácil mobilidade.
A satisfação inicia-se nos primeiros pedais, que apontam o destino. Porém, o percurso requer atenção e cautela.
Ao circular pelas paralelas, tangentes e transversais das ruas e avenidas, o ciclista e sua magrela perdem espaço para veículos motorizados conduzidos por motoristas má-educados e inconscientes.
As ciclovias que deveriam existir são promessas para um futuro, que ofusca a necessidade do presente, já que pedalar deixou de ser meramente um esporte.
É transporte, solução para o caótico trânsito das megalópoles e a redução significativa de emissões de poluentes, sem contar os benefícios físicos, mentais e emocionais que somente o suor de um pedal concede.
Cabe ao município implementar Ciclovias e Parques Lineares para o fomento multimodal de transporte, nutrindo outras modalidades de transporte coletivo e induzindo a prática ciclística para o bem da saúde e do planeta.
E a nós, praticar este prazeroso esporte, aderindo a deriva da vida ciclista.