Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




30 setembro 2009

Florindo!

É Primavera, alguém esqueceu de avisar,
Talvez!
À massa fria polar,
Que as flores começam a desabrochar,
E conduzem em valsa,
Cor, sabor,
Saber, Aprender,
Apreciar,
O tom, o som, o dom, o aroma.
Da chegada hora de florir!

E florindo,
Constrói-se o retrato da estação,
Rastro sinérgico da vida,
E da toada do verão.

E sorrindo,
Construímos a imagem da vibração,
Explosão refletida,
Retida, retina, brilho das Iris.

E florindo,
Sensações dedilham as (pa)lavras,
Em regência orquestrada,
Do silêncio da mata.

E sorrindo,
Atraímos amizades,
Puras, honestas e sinceras,
Durante estações, afeições.

Gozo do sorrir,
Flor(r)iso!
Adorno do florir,
Sor(t)es!


Homenagens aos meus estimados e queridos amigos de longa data: Osmar, João, Telma e Yvone - http://www.casaspossiveis.blogspot.com/, aos mais recentes que chegaram agraciando minha vida: Priscilla - http://priguti.blogspot.com/, Haroldo - http://panaceahg.blogspot.com/, Luiza, André - http://www.blogdomensageiro.blogspot.com/, Rosana e João Pedro e a Minha Florzinha que completou 01 aninho de vida: Raine, nossa Rainha!

20 setembro 2009

Corredores ecológicos x Conexões ambientais.

A semana que passou, iniciou-se com repercussão nacional. Nos holofotes da mídia, o protagonista era um filhote macho de onça parda ou sussuarana, animal do topo da cadeia alimentar, espécie que habita o Japi.
Seus rastros registraram o alarde e desespero e sem pestanejar, agindo por impulso de sobrevivência, adentrou em uma das malhas viárias que corta a franja do Japi, a Rodovia Anhanguera.
Por algum motivo, este felino, espécie territorialista, necessitava abandonar uma área para ocupar outra, desbravar novos horizontes, só não contava com as barreiras físicas e os incontáveis veículos que trafega em uma das maiores e mais movimentadas estradas de rodagem.
Arriscou e o inevitável, um provável atropelamento, sucedeu. Sim, o bichano foi atropelado, felizmente e, Graças a DEUS e a Associação Mata Ciliar – www.mataciliar.ogr.br, passa bem, desejando ser reintroduzido em seu nicho, sua vida.
Junto com essa necessidade e ousadia, trouxe consigo a evidência estampada em suas patas e uma súplica de aflição em seu olhar aguçado, dos vilões do Japi.
A expansão demográfica ao pé da Serra e a ausência de corredores ecológicos de conexões ambientais.
A localização do Japi entre as regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas deflagra as emboscadas ardilosas das selvas de pedras e suas infiltrações de consumo de recursos naturais, naturalmente caminhando para o mundo cinza.
Por outro lado, o Japi mancha esverdeada ilhada entre os cinzas que margeiam, trata de sustentar seu ecossistema, que aos poucos, ou mais rápido que desejamos, perde espaço e se restringe cada vez mais.
Esta problemática grande e grave carece de resolução prática, pois a teoria se resume em planejamento territorial com responsabilidade social, seguindo criteriosamente um plano diretor que respalde os atributos ambientais, compensando e/ou mitigando impactos que surgirão mediante as necessidades, desenhando um modelo de desenvolvimento e crescimento da cidade, alinhado com a sustentabilidade. Obrigação dos gestores municipais a implementação, e dos munícipes a participação e o acompanhamento das tramitações.
Quanto aos empreendedores, estes deveriam reverter uma porcentagem de seus lucros para as áreas ambientais e sociais, do município que os acolhe.
“Se” tudo isso existissem em Jundiaí, certamente teríamos um Plano Diretor eficiente contemplando Corredores Ecológicos, áreas com funções ambientais de conexões, para que este lindo felino, e outros animais, tivessem passagens verdes e ilimitadas - green card, suprindo suas necessidades em outras áreas.
A ausência de Corredores Ecológicos compromete biologicamente a reprodução e a variabilidade genética das espécies, sem contar o confinamento na área e os inúmeros acidentes que ocorrem com animais.
É bom ter os pés no chão e a cabeça nas estrelas, devanear!
“Era uma vez uma cidade entre selvas de pedras, que em sua face sul, resguardava uma selva verde com extenso território, esta ilha verde possuía uma grande biodiversidade. A manutenção da sobrevivência desta floresta era proveniente da influência de maciços florestais do Horto Florestal – área rural da cidade e maciços de outras Serras, todos conectados por corredores ecológicos de passagem, compondo um mosaico de vida, e em conjunto, se sustentavam e mantinham-se em pé”.

É assim que encerro esta pequena fábula dos Nossos Sonhos e dos Sonhos dos bichos.

Aproveito este, para divulgar a ONG Associação Mata Ciliar, que carece de recursos e desempenha um lindíssimo e importante trabalho. Visitem e ajudem esta entidade comprometida com a vida.



Saudações Japienses

11 setembro 2009

Uma nova era - será que já era?

Tenho colecionado muitas estórias dentro da história “Serra do Japi”. Fico extasiada por vivenciá-las, algumas vezes, outras de compartir com meus amigos especiais, alguns tet-a-tet, outros virtualmente, aprendendo constantemente.
Mais feliz ainda, por sentir literalmente os princípios de equilíbrio em um todo e como um todo, interagindo: corpo, alma, coração, mente e sementes, sincronizando com o natural, a natureza. As percepções são aguçadas e galgamos patamares, despertando o feeling. Isso é bom demais, é o prognóstico que recomendo.
Por compreender que tudo e todos ciclicamente se influenciam, desespero-me às vezes e lamento fortemente por enxergar a omissão, o descaso, a lesão, que o Meio Ambiente em nossa Cidade, Querida Jundiaí, rica em atributos ambientais com o Forte Japi e as áreas de mananciais - fonte de vida, suportam.
A ausência de comprometimento do poder público em gestão e a participação popular em reivindicações origina sequelas que pontualmente agregam em grande escala impactos irreversíveis, comprometendo a qualidade de vida, bem quista, cedida sem consentimento da população nativa.
Em diversos locais da cidade há o fomento do crescimento voraz, sendo notório também que as questões ambientais não são transversalizadas com coerência neste fomento. Prova real e vivaz disso é a pendência bu(r)ro-crática que impede a atuação e funcionamento dos Conselhos Municipais - CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE e CONSELHO GESTOR DO TERRITÓRIO DA SERRA DO JAPI, que há 2 meses não deliberam e discutem assunto algum, com tamanha demanda a ser suprida.
Enquanto o tempo passa, os lobos vorazes e famintos de poder, riquezas e status, desfrutam a bel prazer suas estratégias astutas, maquiavélicas, cosendo empreendimentos e negócios próximos de áreas confortáveis, que garantem a qualidade de vida que temos.
Notas de uma observadora: empreendimentos próximos ao Japi e/ou nas áreas de mananciais, canalizações descabidas, parques e áreas de lazer que destruirão fragmentos arbóreos e nascentes, manutenções em estradas rurais sem critérios técnicos, base ecológica estancada pelas obras intermináveis e outros, ufaaaa, preciso respirar...
É tão fácil as resoluções, basta BOA VONTADE em fazer o correto, o coerente e a predisposição de CUIDAR DO QUE SE TEM!
A palavra que deve ser compreendida, examinada e aplicada neste todo é “PREDIÇÃO”.
É preciso ações preditivas ao invés de corretivas e preventivas, é ai que o dom, o feeling e a raça, têm graça e faz a diferença, em uma cidade como Jundiaí.

01 setembro 2009

Sensação / Termorregulação

O sol voltou a raiar e a temperatura subir, o céu tece azul em seu infinito e o ar seco predomina a atmosfera.

Esses dias têm sido assim, e as noites, abrilhantadas com a lua que em seu ciclo cresce, observem!

O nosso Japi é a zona de conforto da city, que arrebate temperaturas bruscas e efervescentes, pairadas neste árido ar.

Sua umidade natural e in loco refresca a sensação térmica de verão fora de época.

Visitar o Japi em busca destas impressões é pura emoção e a garantia de revelações.

Ao caminhar antenada aos leitos das trilhas e desfrutar do conforto térmico, percebo que esta estratégia: refugiar-se no ambiente ameno, é bastante costumeira da fauna.


Os insetos, e os animais em geral de sangue frio, em dias mais frios ou em locais frios, procuram a “zona de conforto”, locais com clareira, onde as manchas de sol e o calor os acalentam.


Esta exposição proposital ao astro sol, aquece-os, regulando a temperatura corporal.

Biologicamente esta regularização da temperatura corporal é um sistema conhecido como TERMORREGULAÇÃO, onde a manutenção térmica interna é bem vinda para ativar as atividades: vôos rasantes, caça sucedida, fuga veloz e todas as outras que compõem as estórias de interação da fauna e flora, verde e água.

E Nós, de sangue quente, latinos americanos, afugentamo-nos à sombra e água fresca da interação Serra e Paz, termorregulando nossa temperatura. Quando impossibilitados desta ida, transpiramos, perdendo o calor que nos consome.