Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




27 maio 2009

Mata Atlântica


Abrigo de um patrimônio natural único e peculiar, a Serra do Japi resguarda remanescentes de Mata Atlântica, resquício do bioma mais devastado do país, que possui a mais rica biodiversidade do mundo.

Este bioma florestal, quase dizimado, hoje está sendo homenageada pela sua grande importância ecológica.

Tendo amparo legal através de um protocolo específico, que foi muito discutido na esfera federal, ainda em tinta fresca, ampara a lei federal nº 11.428/2006.

Este aparato é o decreto federal nº 6660/08, que finalmente consolida a proteção das florestas com a insurgência característica deste importante bioma.

Mais um motivo inspirador para preservação do Nosso Japi, a fábula viva, relictos deste importante bioma, que resguarda riqueza e abriga abundantes vidas, nas mais variadas formas, regando poesia nas mais simples estórias.

Salve o Japi!

24 maio 2009

Transparência - Borboleta Vitral

“Entre as coisas mais lindas que eu conheci,
Eis a Serra do Japi,
Só reconheci suas cores belas quando eu te vi.
Entre as coisas bem-vindas que acolhi,
Eis borboletários,
Eu reconheci minhas cores, e então eu me vi”.
(Nando Reis/Patrícia Polli)

É assim que sinto-me, entre uma descoberta e outra, a Admiração borbulhar. Não é pra menos, o Japi é um REDUTO de borboletas. Em todo canto, em todo lado, esquerdo ou direito, em todo horizonte, a admirar.

Ao trilhar e desvendar como alquimista o Japi, pronta para registrar mais uma magia, deparo-me com as Ithomineos, as famosas e linidíssimas Borboletas Transparentes, as Vitrais.
Eis que surgi, como em uma receita, aos quem tem o espírito atento e curioso, seus segredos.

Os machos buscam uma substância conhecida como alcaloide, no nectar da flor, alquiminizando um feronômio para atrair e encantar as fêmeas, com a maior gentileza, aqueles tratos que conquistam nós Mulheres, e que sempre queremos para ceder a corti.

As parceiras e amigas que oferecem este alcaloide, são da família das Asteraceas, espécie Trichogoniopsis adenantha.

Este momento mágico é compartilhado com essa dupla, a planta fornerce o acaloide e a Vitral poliniza a flor, depositando em sua essência a magia que recolhe em seu Ser, transformando para seus “inimigos” - predadores--, impalantáveis e para suas damas, galanteador.

É uma verdadeira parceira que se dá, as Vitrais transludem a fecundação das flores e, as flores retribuem com a poção mágica, á sobrevivência destas borboletas.

Eis mais um dos inúmeros segredo Japienses!!!

Eu como fã incondicional descrevo aqui, com enorme fascinação essa alquimia.

14 maio 2009

Orquídeas - OrquiVófila

Esta Serrinha resgata constantemente maravilhosas recordações de minha vida!

Em cada canto, um conto, encantado de lembranças vividas, que canto aqui.

Hoje, não diferente de outros dias, sinto a plenitude que paira sob forma de encantamento, transformar-se em bem estar, metamorfoseando em sáude, convergindo em qualidade de vida.

Quando alguém indaga-me sobre a importância do precioso Japi, meu resumo se condensa em "encantamento", que desencadeia benefícios intransferíveis e impagavéis. É o âmago, amagalmar, amar!

Enfeitiçada com as proporções deste infindável encantamento, suscitei minhas lembranças saudosistas, de uma pessoa Mui Querida, que ensinou-me, apoio-me e abrilhantou meu caminho, minha Avó Lucila.

As orquídeas eram sua paixão, seu hobby, uma coleção de inúmeras espécies instituiam seu orquidário e nomeava-a, orquiVófila. Essa Senhora e seu belo par de olhos azuis, radiavam quando alguém quisesse ver seu canto, encantado.

Sua voz emotiva soava contetamento, melodiava a aparição de mais uma espécie em sua repleta amostra, e mais intensificada era quando dentre as inúmeras, afloravam suas formosas e delicadas flores.

Formosa e delicada, são as qualificações mais retratavéis de uma orquídea, e modestamente de minha Avó Lucila. Hoje, entendo que estas belas plantas, suavisavam sua vida, seus caminhos e fartavam seus olhos na beleza de quem as viam.

Existem algumas espécies de órquideas em nosso Japi, mas poucos estudos delineando-as. A mais avistada nos lajedos rochosos ou em galhos de árvores, são as epidendrium rosas.

As orquideas, epífitas ou rupestres, têm polinizadores específicos para continuamente e tenuemente ornamentar os cantos para nosso deleite.

Minha Querida e Saudosa Vó Lucila, obrigada por tudo, em especial por ensinar-me a apreciar estas belas plantas e por auxiliar-me a traduzir este sentimento que adormece em meu peito, quando recordo-me de você e do Meu Querido e Saudoso Avô Antônio, SAUDADES – o amor que fica.

10 maio 2009

Mãe! Obrigada!

A Serra do Japi concedeu hoje este espaço... e minha Mãe mais que merece!


Mãe!

Não recordo-me do seu primeiro toque, mas imagino o aconchego que inflou meu Ser, quando ao nascer, fui embrenhada em seus braços e colo – pura emoção!!! Hoje, reconheço-os como recôndito da minha alma.

Fico emaranhando estas imagen(ação)s, devaneando a menina Maria e suas fases, até confluir à maternidade, onde passo a compartilhar sua vida e você compartilhar a minha.

Maria, minha Mãe, cuja dona de um nome forte e impetuoso, é mais conhecida como Lurdes, ou vulgo Lú. É também conhecida pela generosidade de seu coração, sua sensatez de cidadã, sua alegria amistosa, simplicidade para os de casa e bons amigos, sua garra como mulher e sua afetividade como Mãe para seus filhos – Patrícia, Sandro e Juliana, Avó para seus netos – Rauan e Raine e Esposa para seu marido, meu Pai – Ademir.

Não me canso de entranhar na incursão de nossas estórias, voo conjuntamente com suas narrações e consigo consolidar projeções e cenários, fomentando uma referência. Este mix (contos, sonhos, frustrações, esperança junto com suas virtudes e exemplos de fé, alto domínio, amor, brandura, disciplina, benevolência) origina uma poção que contempla mais que meus sentidos. Vou além deles e fui além, edificando meu Ser, graças a você Mãe, que no intento mais nobre dessa palavra “MÃE” desenvolveu e envolveu sua prole na missão honrosa da vida.

Seguindo nossos caminhos, filhos saindo de casa e construindo suas histórias, os sentidos de ver, ouvir, sentir o aroma no ar, apreciar o bom paladar, o contato tenro do abraço e dos inúmeros beijos, sua beijoqueira, diminui em quantidade, mas proporcionalmente aumentou em qualidade. Por isso, nossos encontros são energicamente acalorados sempre.

Mas as lembranças, ahhh, estas ficam mais do que registradas em memórias, são tatuadas em nossos corações e juntando as estrofes das nossas vidas, relembro você, minha Mãe, ensinando a cultivar flores em nossos jardins e a dizer palavras coloridas e doces em nossos dias.

Acho que inconscientemente, ou conscientemente, despertei o amor que alimento em meu coração pela Serra do Japi, meio ambiente, a vida em todas as suas formas e diversidade, inspirando-me em você e no trato - cuidado carinhoso que você tem pelo seu jardim, suas vidas verdes, plantas e flores. Seu jeitinho espontâneo, cordial e natural de apreciá-las, me entusiasmou e contagiou.

Com o brio do orgulho, agradeço você pela dor do parto, aleitamento, cuidados, carinho cativante de amor e benevolência, afago, conselhos e disciplina (os puxões de orelhas e cintadas), colos, as delícias culinárias, suas ligações, suas visitas, seus presentes em diversas situações e formatos, enfim, por ser, preencher e dedicar-se profundamente (intimamente) como minha MÃE.

Amamos você eternamente

02 maio 2009

O outono do Japi

O verão se foi, e com ele as quentes temperaturas que irradiam a proximidade do Astro Sol.
Agora, nova fase, outra estação, novo ciclo. O Outono, que espia o céu mais azul que antes.
Permito-me a apreciar este cenário no Japi, um belo dia, um pouco mais frio, mas energicamente fascinante e inspirador, com o azul celestial tonificando, blues!

Tangendo pensamentos juntamente com o tempo, que conflui para o solcístio, desperto sensações que resgatam o “equinócio”, luz sempre nos caminhos em iguais proporções, mesmo com os dias mais escuros, visitas noturnas mais longas, pois mesmo no solcístio, as estrelas abrilhantam o céu, as estações e o tempo.
Nessa estação a natureza começa poupar seus esforços, já sentem a pequena distância do Sol, a míngua do dia, sinais de redução energética e adaptação a novas circunstâncias.
No Japi, nosso conjunto florístico denominado como Floresta Mesófila Semidecídua, tem por característica: vegetação de porte médio a alto, com dossel fechado e subosque denso, uma transição de florestas litorâneas com o cerrado.
É nessa época que o Japi faz jus a sua nomenclatura “MESÓFILA SEMIDECÍDUA”, e contribui acentuadamente para a dinâmica da floresta, pois seus indivíduos necessitando poupar nutrientes, retira-os das folhas, concentrando-os no caule, assim as folhas ressecam e caem, sendo depositadas no solo (serrapilheira) e decompostas por fungos e bactérias, retornando como nutrientes. A perfeita reciclagem natural da matéria orgânica.
Outono, estação que demarca a decadência e que nutre a colheita, pois é época de preparação para a próxima fria e hibernante estação, o inverno.
As belas habitantes da nossa preciosa Serra do Japi estão iniciando este ciclo, desprendendo-se parcialmente ou integralmente de suas folhas, folhas que já não fazem sentindo adornar seus ramos, mas que alimentarão o solo.
A sábia experimentação que veicula percepções é que as árvores armazenam somente o necessário, suficiente para mais uma passagem em suas vidas.

Outono, simplesmente Outono!