A Serra do Japi concedeu hoje este espaço... e minha Mãe mais que merece!
Mãe!
Não recordo-me do seu primeiro toque, mas imagino o aconchego que inflou meu Ser, quando ao nascer, fui embrenhada em seus braços e colo – pura emoção!!! Hoje, reconheço-os como recôndito da minha alma.
Fico emaranhando estas imagen(ação)s, devaneando a menina Maria e suas fases, até confluir à maternidade, onde passo a compartilhar sua vida e você compartilhar a minha.
Maria, minha Mãe, cuja dona de um nome forte e impetuoso, é mais conhecida como Lurdes, ou vulgo Lú. É também conhecida pela generosidade de seu coração, sua sensatez de cidadã, sua alegria amistosa, simplicidade para os de casa e bons amigos, sua garra como mulher e sua afetividade como Mãe para seus filhos – Patrícia, Sandro e Juliana, Avó para seus netos – Rauan e Raine e Esposa para seu marido, meu Pai – Ademir.
Não me canso de entranhar na incursão de nossas estórias, voo conjuntamente com suas narrações e consigo consolidar projeções e cenários, fomentando uma referência. Este mix (contos, sonhos, frustrações, esperança junto com suas virtudes e exemplos de fé, alto domínio, amor, brandura, disciplina, benevolência) origina uma poção que contempla mais que meus sentidos. Vou além deles e fui além, edificando meu Ser, graças a você Mãe, que no intento mais nobre dessa palavra “MÃE” desenvolveu e envolveu sua prole na missão honrosa da vida.
Seguindo nossos caminhos, filhos saindo de casa e construindo suas histórias, os sentidos de ver, ouvir, sentir o aroma no ar, apreciar o bom paladar, o contato tenro do abraço e dos inúmeros beijos, sua beijoqueira, diminui em quantidade, mas proporcionalmente aumentou em qualidade. Por isso, nossos encontros são energicamente acalorados sempre.
Mas as lembranças, ahhh, estas ficam mais do que registradas em memórias, são tatuadas em nossos corações e juntando as estrofes das nossas vidas, relembro você, minha Mãe, ensinando a cultivar flores em nossos jardins e a dizer palavras coloridas e doces em nossos dias.
Acho que inconscientemente, ou conscientemente, despertei o amor que alimento em meu coração pela Serra do Japi, meio ambiente, a vida em todas as suas formas e diversidade, inspirando-me em você e no trato - cuidado carinhoso que você tem pelo seu jardim, suas vidas verdes, plantas e flores. Seu jeitinho espontâneo, cordial e natural de apreciá-las, me entusiasmou e contagiou.
Com o brio do orgulho, agradeço você pela dor do parto, aleitamento, cuidados, carinho cativante de amor e benevolência, afago, conselhos e disciplina (os puxões de orelhas e cintadas), colos, as delícias culinárias, suas ligações, suas visitas, seus presentes em diversas situações e formatos, enfim, por ser, preencher e dedicar-se profundamente (intimamente) como minha MÃE.
Amamos você eternamente