Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




30 junho 2009

Vulgo Caxinguelê

Ao adentrar a mata, um novo mundo é avistado, outro, onde o tempo é medido pelos raios solares, banhos lunares e as estações.
Estes elementos unidos, separados, mas sempre sincronizados, permeiam este mundo tanto quanto a alegria de um coração pulsando admiração, realinhando a sinergia local.
A minuciosidade esbanja preciosidade e a ociosidade bem vinda, fica pairada no ar, sentindo este tempo passar e ensinar a sabiência, aquela bem adiante, à frente, diante das adaptações que nos leva a sobreviver na mágica circunferência azul, que acolhe do macro ao micro, habitats.
Estes reportam com perfeição a perfeita e contínua maravilha do acontecer, amanhecer, entardecer, anoitecer, SER.
E agraciada com as novas sensações, felicito em preces, o prazer de desfrutar o tempo sem pressa e sem horas, andando devagar sem destino e sem direção, refletindo sem e com tempo.
E em uma destas oportunidades bem quistas, serelepeando, o serelepe, ops... O esquilo serelepe, aparece em cena interpretando atos de travessuras. Astuto, este matuto habilidoso brinca de viver.
Seguindo seus passos, passinhos rápidos ligeiros, perco-o de vista em uma alta palmeira, espécie Syagrus romanzoffiana.
Bela e majestosa palmeira, carregada de frutos, pencas e mais pencas de coquinhos, sacia os Sciurus ingrami - Esquilos.
Nos ramos da palmeira, a missão dos Serelepes é farta- se com proteínas seguindo um ritual: o peludinho de cauda apóia um dente em um dos três poros que o fruto possui, fazendo uma incisão triangular para devorar sua refeição.
Quando encarregado da busca alimentar, faz a feira, não importa o dia da semana. Dia? Semana? Este tempo só nós classificamos e fracionamos.
Carregando o mantimento até o seu ninho, provisiona previsões, garantindo a despensa cheia para tempos de míngua, mirrados.
Outras vezes serelepeando os seus achados, enterra os frutinhos em algum canto, esquecendo-os, inconscientemente ou conscientemente sendo um semeador.
E ai do inseto atrevido que pousar nestes frutinhos! São instantaneamente depredados, exterminados.
Os serelepes, roedores conhecidos como caxinguelê, faz com que fiquemos parados no tempo a espreitar.


"...Eu tô retado cum você
Tá vendo tudo
E fica aí parado
Cum cara de veado
Que viu caxinguelê ..."
Raul Seixas.

22 junho 2009

Forte Japi

Vibrando em ansiedade e borbulhando a curiosidade, passo por guaritas, barreiras físicas que atenuam (ou pelo menos deveriam) os desfeitos no Japi. Zigue-zague-andando em porções de terras, cuja herança das degradações está interligada a valores venais, o ponto da encruzilhada entre a preservação ou não, um outro ponto aponta a fragilidade do "Forte Japi".
Amostrado à céu livre, fenômenos que naturalmente e vagarosamente podem vir a ocorrer, como um deslizamento de solo por exemplo, foi constatado ao vivo e a cores um destes, evidenciando a fragilidade do território e admoestando raciocínios sobre a ansiedade gananciosa que usufrui mais do que deveria, acelerando os processos naturais e induzindo as possibilidades a se materializarem em berrantes impactos ambientais.

O Forte Japi é vigoroso, mas ao mesmo tempo frágil, principalmente quando não sustentado, desmoronando seu impetuoso solo, levando de grão - solo à árvores, tudo pela frente.
Diante desta circunstância, mais do que prova do resultado negativo da equação: uso inadequado = degradação, registro aqui que houve um vultuoso e extenso desmoronamento na região oeste, dentro de um loteamento equivocado e instalado em um dos topos do Forte Japi.

Um minuto de silêncio...

Seguindo em frente, outras visões, desta vez, agraciadas pelo belo, inspiram gentilezas e pairam na atmosfera presente: é a vida acontecendo naquele exato momento ao redor e sempre!

Em um túnel de teto azul timbrado, rebordado em suas laterais com árvores, estas abastecidas de insetos, servem ao deleite, os pássaros, provendo gentilezas alimentares.

Convite para um vôo suave e observador que plaina de galho em galho.

Seus ilustres convidados abrem as asas de nossa imaginação, e o desejo artístico da pintura em tela digital, fragmenta luz que traduz em imagem os traços de pássaros. Este provavelmente da família do sanhaço.

Todos os movimentos controlados, até mesmo a respiração, para não incomodar e/ou amedrontar este banquete ao som da avifauna tão presente no Forte Japi.

Depois de inúmeros clicks, caminho ao topo sobre cascalhos, vôo ao infinito próximo, que de tão próximo, ponho-me em estado de admiração, inflando de essência... (tropeço em mim, desperto-me em pensamento, subo no alto e visto sentimentos, despindo segredos)... continuo a apreciar o contorno da montanha, que expõem sua bibliografia em paredões.


O destaque referencial é para as avultosas palmeiras que deslumbradamente diferencio facilmente noutro lado, outro ponto.
As palmeiras, espécies nativas e ao mesmo tempo exóticas, origina contos... sinônimo de querer saber mais!

15 junho 2009

Busca

Cadê inspiração??
Respiração!!

Eis que ao sul surgi,
Majestosa, jeitosa, insurgente,
Esverdeada, enveredada,
Veemente.

Em minha visão horizontal,
Tal, manifestação silhuetada.

Pulsa pulso,
Vontade de desenhar palavras,
Rimar frases,
Arriscar,
Riscar,
Pintar minha paz e felicidade,
Rascunhar meus caminhos,
Iluminar minhas idéias,
Deslizar em versos,
Resenhas da admiração e do êxtase.

A palavra esvazia,
Sentimentos despejam, pelejam,
Ressurgem,
Vibram,
Enamorados de si e d’outro,
Do mundo, do tudo e do nada.

Começam,
Meado,
Fim,
Recomeçam,
Cenas, cenários,
Teatro mágico.

Abrem as cortinas, retinas,
Possibilidades, habilidades, utilidades, inutilidades.

O som toca,
A palavra toca,
E tocada,
Entocada no conforto,
Traquilizo e acomodo,
Oras protagonizo,
Oras espectador.

Dor,
Prisma colateral.

Efeito,
Rarefeito com o tempo,
Tempo que faz e refaz,
Sem tempo,
Com tempo,
O uniVERSO.

05 junho 2009

Dia D - Meio Ambiente


No meio da cidade de Jundiaí, estou a absorver por inteiro os predicados ambientais, que meio preservamos e meio degradamos.
Sim, meio a meio, e a cidade converte-se em cenários não vistos e meio que imagináveis.
Modicidade quando compilado prosas e versos, o panorama original.
E o tempo por inteiro, encarrega de traçar ao meio os destinos, os caminhos, a história, o próprio Meio.
E no meio dos Seres, que meio entendem e meio fingem não entender, com mea-culpa, continua o exíguo do Meio, que mesmo fracionado, continua inteiro.
Inteiro, perturbado e ilhado temos o Meio do Japi.
Inteiro, manancial e degrado temos o Meio do Jundiaí – Mirim.
Inteiro, transformado e desqualificado temos o Rio Jundiaí.
Todos e tudo cabem no Meio, mas o próprio Meio perde espaço, para o subjetivismo. O individualismo domina o meio e o coletivo esmorece.
A somatória subjetiva, potencializa a subtração e a divisão do Meio, sintentizando a mutilação do ambiente.
Este Meio, ambiência de todas as formas de vida, é alterado constantemente com o nosso modo de vida, dissipando preciosidades conhecidas ou não, fundamentais a sustância do Meio.
E o Meio Ambiente, no mais completo, inteiro sentido, é homenageado somente hoje, mas deveria ser pauta de todos os dias, de todas as questões.
O pacto concedido com esta honraria significa reflexões profundas e íntimas, estas deveriam fazer parte do nosso meio de vida.
Estímulo para que déssemos meia volta, na circunferência que estreita o caminho da extinção. Isto resultaria em mudanças de atitudes, conceitos e paradigmas.
E eu, em meio ao meu íntimo que intima a extinção das lidas mesquinhas ao invés das belas formas de vida, proponho esta ambiente - transformação.
Tudo que nos rodeia, encadeia, cadeia, teia, pura conexão, somos parte do meio plenamente ambiente.