Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




22 abril 2009

Presente da Majestosa Serra do Japi

Esta semana é especial, pelo menos pra mim! Feriado 21, Dia do Planeta 22 e meu aniversário 25.
Tudo em minha vida tem se revelado presentes do presente. Sou imensamente grata pela dádiva da vida que deleito com os meus, em meus caminhos sinuosos e bifurcados.
Transbordando felicidade, compartilho mais uma alegria e exaltação que a Serra do Japi me possibilita a contemplar.
Há tempos flerto uma bela Borboleta, que não é difícil de topar nas trilhas, mas é quase impossível uma pose para um click.
E decida a ter este registro além das lembranças de minha memória, incessantemente persegui-a, para traduzir seu belo modelo em imagem.
Modelo 88, tricolor, branco, preto e vermelho, asas posteriores e asas interiores o ressaltado azul em preto.
Essa irrequieta e arisca borboletava-me sempre em seus vôos panorâmicos e rasantes, aguçando mais minha sede de materializar esse presságio.
E enfim, missão cumprida, eis que fui presenteada mais uma vez e consegui esta proeza.
Feliz insurgente, clamo solenemente: Nossaaaaaaaaaa! Ufffaaa! Obrigada!!!!
Devaneio: entre tantas idas e vindas, caminhos, trilhas, pernadas, paradas e tentativas, a lepidóptera Diaethria clymena (Nymphalidae), conhecida como a borboleta da sorte, mimoseou-me com agouro, mas que isso, lecionou!

15 abril 2009

Consequências de nossas interferências.

Faço uma pausa às indignações e reivindicações locais, para vociferar que foi notório este ano, o atraso do pico metamórfico das lagartas. Quem aventura-se no Japi com o espírito aguçado às descobertas, pode observar a insurgência constante dos belos modelos de lagartas, agora, meados de Abril.

Não só esta constatação foi feita, mas também, a referente aos besouros. Segundo o pesquisador - professor Dr. João Vasconcelos Neto – Unicamp, ele citou que as populações de besouros não estão tão abundantes como em outros anos no Japi.

Curiosamente espantada, indaguei-o suscitando as conseqüências do Aquecimento Global como causa, e o professor ratificou que as fortes e exageradas chuvas, o calor excessivo, condições climáticas irregulares e períodos muito secos são os responsáveis sim, por estas alterações bióticas no nicho Japi.

Aquecimento global, conseqüência real e local!

Assistam o filme “A última hora” retrato fiel dos frutos que já estamos colhendo por desdenhar da nossa ECOcasa. Não temos outro lugar para morar, a não ser aqui, não temos outra hora para agir, a não ser agora.

Outro apontamento importante para reflexão, hoje é dia nacional de conservação do solo.

Nosso solo, chão de tudo e todos, tão impactado com ações antrópicas; movimentações, impermeabilizações, desmatamentos, contaminações, poluições entre tantas outras, que não consideramos, mas enraizamos e regamos em nossos solos, matéria – prima da vida.

As interferências da nossa espécie no Planeta avançaram todos os limites possíveis e imagináveis. A engrenagem está a todo vapor, ainda consumindo carvão, mesmo com toda tecnologia, acelerando nosso e de outros seres vivos o processo de extinção.

Assim encerro hoje este, um pouco desiludida e preocupada com os filhos que deixaremos para o Planeta e não mais com o Planeta que deixaremos para os nossos filhos.

08 abril 2009

Impacto Ambiental

Hoje deixo a poesia calada em minhas escritas, para em alto e bom som, de preferência com um megafone, alarmar as incoerências e desmantelos que ocorre na nossa serrinha Indefesa e Pertinaz.

Exercendo minha atribuição de MONITORA, assim rege minha função, não me limito em apenas monitorar os trilheiros e demais visitantes na Rebio (Reserva Biológica).

Estendo está incumbência para todo o território do Japi, quando possível, desbravando seus cantos e contos.

Eis que um belo e azulado dia de outono desses, paro e deparo com um gritante impacto visual nas trilhas. Antes fosse só visual, ilusão, matéria, orgânico. Não era!

Também era ambiental, realístico, contínuo, indecomposto e inerte.

Parecia uma miragem, não, miragem sempre é associada com oásis, e neste caso, parecia um show de horrores, decepção.

Imaginem vocês, estradas de terra, belas com árvores e cachoeiras, de uma Serra, considerada Patrimônio da Humanidade, tendo em sua manutenção a disposição de entulhos de todos os tamanhos, grandes fragmentos de entulhos demolidos, e todo tipo de material, sem critério técnico algum, em suas bordas, dentre elas, uma que margeia o limite da Reserva Biológica.

Ilusão (idi) óptica !! Para completar, eis que no topo de um dos pontos mais alto do Japi, um amontoado de entulho, verdadeiro Bota–fora, ou melhor, Bota-dentro (lixo).

Os impactos ambientais são iminentes, estradas com entulixo, material urbano carreando para os corpos d’água, visual horrendo e sensação de... (aff), triste, esta palavra afasiou-se.

Eis que a gana de ambientalista e gestora pulsa, e devaneio-me com um exeqüível e inteligente projeto de manutenção das estradas de terra em APA’s (Área de Proteção Ambiental), para conter erosões e assoreamento, contemplando lombadas para controlar a velocidade da água e drenagem para o eficiente escoamento.

Para a problemática dos entulhos ponderei; uma central de triagem e reciclagem, aproveitando este material para outras construções, pavimentação de estradas, enchimento de fundações de construções e até re-produção de tijolos, chamados de ecológicos. Soluções que sempre devem estar acompanhadas de critérios técnicos, profissionais habilitados, disposição e inovação.

Esta minha indignação foi passada adiante, no aguado das providencias por parte dos responsáveis.



ENTULHO NO JAPI, NÃO!!!




03 abril 2009

Flor da paixão - maracujá!


Formosa,
Matiza tons,
Em seu raio, seu arco,
Circunferência, essência.

RoxoLilásRização,
Purpuriza mesclas diversas,
Pigmentos violetas,
Imprimi vivaz coloração.

Texturiza Passiflora,
Harmoniza paz e flor,
Enraíza poesia,
Flor ardente,
Paixão.

Insurgente trepadeira,
Flora brasileira,
Recobre, cobre, junca
Espaços adorna.

Exala aromas,
Agridoce,
Seus sabores,
Frutos,
Maracujá.

Amarelo,
Amarra o elo,
Alia ao tom,
Outono.

Acalma com calma,
Paixão recolhida,
Figurada em suas pétalas,
Perturbação.

Amor violento,
Contrasta forma e essência,
seda.

Libertando em sua beleza,
Martírios,
Fartando em sua forma,
Olhares.

aMAR CURA JÁ!