Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




29 março 2009

Alfabetização Japiense.

Alfa,
Beta,
Ação!



Inspiro-me ao despertar matinalmente e concentro-me nas incursões propostas nos dias que desenvolvo meu precioso e estimulante trabalho de educadora e monitora ambiental.

Há 08 anos conduzindo os pré-dispostos trilheiros, aprendi, aprendo e aprenderei sempre a argilar-me com as surpresas que o Japi nos reserva.

O primeiro contato com um sonoro e eufórico “Bom Dia”, desperta todos para a frequência ALFA, concentração de forma criativa, sincronização mental e emocional alinhados com os prelúdios e devaneios Japienses.

Seguindo a cartilha que não está escrita e sim é improvisada, as ecos instruções e ecos informações Japienses são pronunciadas ao longo do percurso, sob o efeito BETA, atenção e concentração total.

Aguçando os estados ALFA e BETA, a AÇÃO é a consequência de uma incitação que os atentos e sensíveis às belezas estonteantes como as do Japi, congluem e concluem.

A ação é hora de mudança e requer absorção de muito ar nos pulmões, melhor ainda quando estes estão livres de poluentes, como os ares puros do Japi.

E entre trilhas, pernadas e conversas, tento modestamente, disseminar a ALFABETIZAÇÃO JAPIENSE.

Orgulho-me muito com a coleção histórica que tenho desses anos. Todos, sem exceção, que com imenso prazer monitorei nas trilhas do Japi, trouxeram uma imensa satisfação e felicidade pela receptividade das informações, admiração das belezas encontradas e indignação das mazelas sofridas.

Este hoje é um agradecimento de coração e não deixa de ser um convite de experimentação ao vivo e a cores da ALFABETIZAÇÃO JAPIENSE.

22 março 2009

Água


Água cristalina para banhar, beber, regar corpo, alma e sementes, é o desejo mais profundo, fundo, em poços, lençóis freáticos, aqüíferos ou rasos em nascentes, ribeirões e rios, que estendo a todos, inclusive os que ainda estão por vir, neste dia e nos próximos amanhãs.

Hoje dia mundial da ÁGUA, recurso finito de magnitude infinita drena (ou pelo menos deveria), as consciências para sua importância sublime e os perigos de nossas ações irresponsáveis e impensadas, assim almejo!

Líquido precioso de purificação e diluição, que além de contemplar nossas necessidades fisiológicas, possibilita a purificação de ações mesquinhas e a diluição de pensamentos egocêntricos, assim como ocorre em trechos de seus leitos extensos – DEPURAÇÃO.

Depurar é a ação mais qualificada que as águas do Japi exercem sobre os Rios Tietê, Guapeva e Jundiaí. Emana oxigênio para esses rios comprometidos em suas saudáveis funções ambientais, infelizmente poluídos e contaminados, mortos.

Apelidado por Castelos d’águas, minar água é comum em todos os cantos, vale e grotões do Japi.

Essas águas contornam seus caminhos, ecoando seus tranqüilos sons, saciando os sedentos por vida.

Que hoje e sempre, possamos prestigiar a importante função vital dessas águas e de outras em outras redes hidrográficas, como nosso Rio Manancial Jundiaí – Mirim, que merece total cuidado e enfrenta inúmeros problemas devido ações antrópicas e a ausência de gestão ambiental, social e econômica.

Façamos mais, desde ações individuais até coletivas com o único propósito de termos água permeando o meio sempre.

13 março 2009

Sentidos


Sigo em caminhos com flores, cores, aromas e sabores, despertando meus sentidos, e o sentido que sigo, é aquele que norteia a alma e coração a sentir.

Estimular o despertar dos sentidos é um exercício constante, que na correria em atropelos e desesperos, corremos o risco de deixar de lado o sentir, a sensibilidade altruísta embutida em nosso espírito que manifesta em nossos sentidos apurados ou não.

Enxergar além de simplesmente ver,
Ouvir além de simplesmente escutar,
Espirar além de simplesmente respirar,
Saborear além de simplesmente engolir,
Tatear além de simplesmente tocar,
Sentir além de simplesmente, simples, em um instante, intuitivo e instintivo todos os sentidos que a natureza esboça em letras coloridas, passadas a limpo, aprendizados que fazem sentido.

E é assim, que venho sentindo-me com este trabalho precioso no Japi, viva, intensa e absorvendo e irradiando beleza em meus olhares, ouvidos, espirações, paladares, afagos e percepções.

Não é pra menos, pois as margens deste caminho debruam as flores de todas as cores compondo mosaicos com combinações de alegria e poesia, despertando o sentir.

Contemplar as coloridas Lantanas, brotarem neste extenso jardim, em suas mais variadas nuances, escutar o vento sussurrar, pássaros assobiar e folhas sacudirem, espirar aromas que o vento conduz em silhuetas, como as ervas Marcellia, saborear um moranguinho silvestre e tocar nas belas herbáceas - carrapichos -- que grudam como verdadeiras super bonders, é definitivamente uma vivência de apuração, estimulação e renascimento da AÇÃO de sentir.





Lições de vida, de sentir, mas infelizmente, nem só de poesia e beleza vive o Japi ...

06 março 2009

Homenagem Dual



Assim como nós MULHERES, dádivas divinas, embaixatrizes naturais da fertilidade e da vida, nossa SERRA DO JAPI, magnífica e singular, morada de uma fauna representativa e uma flora riquíssima merece congratulações, hoje, amanhã, 08 de março e sempre.

Nós, MULHERES, tão tenazes e vorazes, sem esmorecer, desafiamos de prontidão nossas missões de vida, paz e amor, sacudindo as pressões e postando-se como guerreiras a todo instante, desbravando as infinitas possibilidades.

Esta senhora montanha tão resiliente e prodígia, jaz dilacerada, se recuperou milagrosamente, suportando há tempos seus flagelos e, harmoniosamente se mantém exuberante com suas cicatrizes, em pé, contemplando NÓS e NOSSOS FILHOS com suas prestezas ambientais essenciais a vida.

Há exatos 152 anos (08/03/1857), nossas “conterrâneas” bravamente despertaram nossas veias de valência e em um ato histórico e heróico, reivindicaram dignidade, sem usufruir-la.

Há eras planetárias, surgia em Jundiaí, esta relíquia da natureza, com formação quartizítica, topos aplainados e relevos acidentados, provavelmente a única floresta tropical desenvolvida sobre esta rocha, que há 26 anos (08/03/1983), teve seu primeiro referendamento, através do Ato de Tombamento, impulsionado pelo Mestre Japienses Aziz Ab’Sáber, mensurando os seus imensuráveis valores.

Com presteza, desejo vida bem vivida, reconhecida, intensa e agraciada á todas as mulheres.

E em súplica, rogo vida infinitamente sustentável á Serra do Japi.

01 março 2009

Pouso e repouso

Com sutileza pousa,
Com leveza repousa,
Com sua beleza atrai,
Pigmentos fortes, suaves, metálicos e iridescentes,
Nuances,
Levitam no ar.

Belas e diversas,
Sobrevivem de flor em flor a desfrutar,
Variam de tamanho,
Mas o que importa?
Seu planar!

Pode ser borboleta,
Pode ser mariposa,
Diurnas ou noturnas,
Seus hábitos a apreciar,
Vo, velo, ar.

Notáveis e bioindicadores,
São sensíveis às mudanças negativas ambientais,
Preservam o preservar!

Tem fases vitais,
Ciclo de vida,
Metamorfoseando; ovo, largata, casulo, butterfly!
Emergindo e migrando,
Em rotas a traçar.

Mágica trasmutação,
Trancada para o mundo,
De dentro pra fora
Eclodem em raras fadas,
Pousam e repousam ... jardins.


No magnífico Japi, as borboletas das mais variadas espécies e cores, somam mais de 800 espécies catalogadas.

Esta Serra é demais!!!!