Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




23 dezembro 2009

Cenas Japienses

Fui presenteada ao longo de 2009 com estas belas cenas japienses!!!

Vista da cidade de Jundiaí no alto do Japi

Flor em silhueta e tom (da família Melastomataceae)


Jacu, ave muita caçada no Japi


Os relicá(ctos) desta floresta

As belezas em cores pulsantes

Seus castelos d'água

Borboleta - liberdade expressa


Sou muito agradecida e agraciada! Compartilho com vocês estas sensações de vida, de verde, de esperança, de anil, de cristalina, de amor.
"Não sei se vivemos pouco ou muito, só sei que de nada adianta nossas vidas, se não tocamos o coração!" Cora Coralina.

14 dezembro 2009

Retrospectiva

2009, ano de grandes transformações, novos rumos apostados, novos caminhos delineados, novos saberes absorvidos e novos sabores experimentados.
Eu, despertando-me, á posto na vida para as descobertas, descobrindo que descobrir é eterno e que é tênue a possibilidade, se não houver sensibilidade, e que a sensibilidade pode ser frágil, forte, vagarosa, ligeira, mas não de ser suscetível às emoções contidas, retidas, vividas, saciadas.
Este ano foi de reviras, voltas não!
Foi e continua sendo... sonhos, projetos, ideais, mais natural, menos artificial, mais fogo, menos palha.
Ano provado: paz, alimentada na pele, penetrada no sangue, escoando-a nas veias e artérias, até irrigar o coração, o ar pairado na atmosfera, enchendo os pulmões de esperança, interiorizando luz mental, brilho no olhar, sorriso na face e arrepios de pancadas, de pencas, de montes.
Ano de expedições incríveis, lugares paradisíacos, afrodisíacos, fodastícos, inspirando uma temporada, um porto, um canto, uma morada, o novo.
Ano que respirei: Japi, dediquei-me a observar as metamorfoses e metamorfrasear textos, encantos, contos, reflexões que ecoou aos amigos. Sou feliz por tê-los e compartilhar 2009!
Escrevi belas e inexorávies constatações; as coloridas Ervas de Rato, a intrigante trepadeira Glória da Manhã, sonho de uma cidade arborizada e florida, os bons lenhadores da floresta, a Serra irmã do Japi, as redes enredadas das aranhas, as delicadas borboletas, os buques das lantanas, as perfumadas marcelias, a ausência de gestão no Japi, o castelo d’água Japi, a alfabetização japiense, a flor da paixão, a horripilante manutenção no Japi, aquecimento local, a borboleta da sorte, a Mata Japi Atlântica, a transparente borboleta vitral, as magníficas orquídeas, o outono no Japi, o Serelepe - esquilo, os impactos inevitáveis – erosão, as pedras fundamentais, as plantas medicinais, os inexistentes corredores ecológicos, a sabiente termorregulação, o sonho parque Japi, a essência de uma árvores sob minha ótica, os candeeiros vaga-lumes, as fontes de vidas indo embora.
Neste balanço retrospecto, percebo que consegui desnudar mais as belezas, que bom!! Mas as fealdades são cruéis e cruciais.
Por fim, quero mais do que simplesmente desejar boas..., quero irradiar luz e emanar amor!
Que possamos amar a quem menos mereça, pois são os que mais precisam.
O próximo que aqui desejo postar pra finalizar o ciclo 2009, será com imagens do nosso precioso Japi, outro hobby que desenvolvo e que convido-os a compartir.

Ecobeijos e Ecoabraços a todos que me acompanharam. Que venha o novo, tudo de novo, 2010!

26 novembro 2009

Era uma vez...

Uma nascente, que borbulhava, em quantidade e qualidade!
Vertia sua química, drenava sua física, brotando do solo; fonte, mina.
Minava e provia vidas.
Resfrescante emergência, percorria o asfalto de um vale urbanizado.
Ainda percorre, mas não percola.
Caminha em menor intensidade a uma galeria pluvial qualquer, minguando dia-a-dia a um sepulcro, um suplício, um sacramento.
Da minha sacada, tenho outras sacadas desta estória sucedendo e insurgente, lamento as inúmeras nascentes como esta, sobrevivente, que ainda são aterradas.
Sua foz alimenta um córrego, de nome “Mato”, mas que de mato, só o asfalto e as lembranças.
Sua função, oxigenação. O “Cor(r)guinho” no sentindo pejorativo, é um corpo d’água com vidas aquáticas e avifauna presente.
Situado em uma via vicinal de Jundiaí é corpo receptor de inúmeras nascentes como esta, que pertencem a sua micro bacia.
Seu destino final, Rio Jundiaí, Rio maculado, em(bos)calhado que vai ao encontro de outro Rio deteriorado, o Tietê.
Divisor de água e estórias, esta finda-se com a triste constatação: as nascentes urbanas não são preservadas como fonte de vida e sim sepultadas, não cumprem suas funções ambientais e ecológicas de recarga do lençol freático, pois o solo virou concreto, os corpos d’águas não possuem seus cílios (matas), constantemente são assoreados, quando não canalizados e/ou tamponados e o Rio, ahhh, está morto, pois ao invés de peixes tem esgoto.
Acho que esta estória está ao contrário e ninguém reparou!!!
Salve, salve nosso Castelo d’água, o Japi.

11 novembro 2009

Vaga-lumes

Após um “breve” recesso, eis que aqui retorno, iluminada, abrilhantada e um tanto saudosista, com as VAGAs lembranças de infância, dos primeiros LUMES marcantes com a natureza.
Vivências de criança bordejam em carrosséis, vagando a realidade, lume da essência serena e prumo da espontaneidade.
Eu & Meu Irmão Sandro brincriamos muito!!! Saudades destes tempos, que hoje revivo na prisma de Tia & Sobrinhos.
Andarolando em uma destas noites quentes na franja da Serra do Japi, tinha a lua cheia, holofote da estrada que iluminava meus passos, vaga-lumes fosforescentes, candeeiros das bordas das matas e dos meus pensamentos.
Nesta andança fui conduzida as saudosas fases já vividas, que resgataram no arqui(vi)vo, os tempos que podíamos avistar miríade de pirilampos, em plena área urbana de Jundiaí.
Isto está bem vivo em mim, mas não mais na cidade!
Brincávamos com os vaga-lumes, pelo fascínio e curiosidade da bioiluminescência destes insetos.
O encantamento de tomar com as mãos um ser pequenino que emiti luz era a sensação de desvendar os mistérios da natureza.
E quando o feito, descobríamos um pouco mais de luz e de beleza na vida.
Hoje não os vejo mais aonde ontem os via, somente nas áreas do Japi e/ou do Horto Florestal podemos admirá-los.
Jundiaí de ontem não é a mesma de hoje, nem poderia, a cidade não para, a cidade cresce, talvez seja assim mesmo o rumo, talvez este não seja a vereda, mas enfim precisamos nos atentar com o crescimento e desenvolvimento que queremos pra nossa cidade.
E graças aos Piralampos & Lamparinas podemos iluminar nossas idéias.


22 outubro 2009

Se eu fosse uma árvore...


Iniciaria minha vida, esta passagem, com a expectativa de um embrião fecundado, sim, nasceria de um romance entre flor e beija-flores, ou talvez flor e abelhas, ou ainda flor e besouros melíferos.
Seria polinizada em minha Mãe - Matriz, em floração e forração de cor, tom, aroma e sabor, proliferação exalando o ar, em formato de anteras e estigmas, prontos a fertilizar, em um banquete de néctar e pólen a saciar.
E em pétalas esperaria minha nova fase despertar no horizonte, agora eis que talvez fosse um fruto, destes robustos, carnudos, aromáticos e deliciosos a experimentar, deleitando a fauna, que procurasse alimento.
E ainda pendurada no galho do pé de minha Mãe – Matriz esperaria o destino traçar o próximo ciclo.
Talvez, como alimento a tangarás, sauas, quatis, sanhaços, saguis, guaxinins, jacus, preguiças, morcegos, quem pode saber a quem servirei? Ou quem pode saber, quem me servirá?
Talvez, ainda fruto, amadureceria e desprenderia do pé, despencando para Mãe Terra preparar-me como Filha da Terra.
Passando pelo trato digestivo de algum dispersor ou pelo preparo da Mãe Terra, agora seria Semente a germinar.
E uma vez semente, semearia minha história, entre tantas possibilidades que somente o vento, a chuva, a luz e as intempéries podem testemunhar.
Acolhida pelo solo gentil, os senhores raios solares, as senhoras gotas de chuvas e o excelentíssimo nicho que me cerca, fariam de mim plântula, muda, mas com vida a pulsar, ativando minhas seivas, e eu prendendo-me em raiz, outra fase a iniciar.
Já em fase de muda, desenvolveria folhas, ramos e também fotossíntese, síntese de minha vida em contato com a natureza e cresceria retirando somente o necessário da Mãe Terra, sabendo desde sempre que preciso compartilhar, oxigenando o meio.
E ainda, em tempos de um tal efeito estufa, aquecimento global, que promete derreter a tudo e a todos, esta minha doação bendita, ajudaria manter a temperatura ideal do planeta. E quanto gás carbônico tem á consumir, geração a estufar, mas aproveito para meu crescimento estreitar.
E eu, em meu crescimento, talvez fosse uma espécie, dentre as espécimes que nascesse agraciada pela sombra da floresta, tendo o desenvolvimento vagaroso e suave.
Talvez fosse uma espécie, dente as espécimes que vingassem no solo exposto e crescesse rápido, sombreando o espaço.
Ou seria a interface de uma ou de outra, mas cresceria cumprindo minha sucessão ecológica.
Cresceria ao ponto de produzir-me em flores e néctar, tornando-me frutos e renascendo-me em sementes, dando um pouco de mim, brotando em um tanto de outros.
E na fase madura como pioneira, secundária ou clímaces, sentiria a essência do puro e simples equilíbrio da Mãe Natureza, que sabiamente e ciclicamente tudo transforma.
Até o dia e a hora que alguma mão de homem impedir-me de viver, sonâmbulo e presunçoso, Este nem perceberá meus atributos ofertados, e são tantos, que me custa a compreender tamanha ignorância, pois como pode alguém viver sem flor, fruto, semente, sombra, frescor, ar, sem a minha bela presença na paisagem? Miragem!
Mas, sigo verticalmente brotando fé, nas Mãos de DEUS.

15 outubro 2009

Parque Japi


A unidade natural denominada Serra do Japi é um belo e riquíssimo jardim extenso – um fictício Parque.

Fictício infelizmente, pois a maior porção deste conjunto serrano pertence à iniciativa privada, que com interesses difusos e até mesmo comprometedores, lesam este patrimônio, referendado como Reserva da Biosfera do Cinturão Verde do Estado de São Paulo.

A aspiração de efetivamente instituir o Japi um Parque é mais que singelo anseio, é a garantia imprescindível da sustentabilidade deste (eco)território e seus recursos naturais.

Sua importância regional sublime reconhecida, determinou o Japi região prioritária de conservação, sendo o sustentáculo de um gradiente ambiental importantíssimo que fornece indispensáveis serviços ambientais á vidas, posicionado estrategicamente entre biomas da Mantiqueira, Cantareira e outros, exercendo a função de corredor ecológico da biodiversidade.

A gama de atributos essenciais à vida que o Japi oferta é fonte de inspiração, transpiração e pulsação.

Conhecida pelos naturalistas e pesquisadores como ECOTONAL, abriga resquícios do bioma mais devastado do país, Mata atlântica, e Floresta do Planalto, sendo possível encontrar elementos dos cerrados e elementos que testemunham as eras do planeta, como cactos.

É habitat de uma fauna rica, que muito ainda precisa ser desvendada, tendo alguns indivíduos na mira da extinção.

Suas montanhas, importantes acidentes topográficos e geológicos minam água cristalina, possibilitando futuros mananciais, fontes de vidas.

Estabiliza o clima na região, conserva o solo, purifica o ar e protege recursos genéticos florísticos e faunísticos, esculpindo uma beleza cênica paisagística de relevante interesse.

Com tantos atributos essenciais, proporciona qualidade de vida à comunidade de seu entorno e mantém o equilíbrio natural do ecossistema.

Preservar e conservar o Japi, patrimônio que exala seu potencial natural, é moralmente um exercício contínuo da comunidade e poder público, e certamente seria um triunfo da coletividade, o Japi – Jardim extenso e multi-colorido ser decretado, PARQUE.

30 setembro 2009

Florindo!

É Primavera, alguém esqueceu de avisar,
Talvez!
À massa fria polar,
Que as flores começam a desabrochar,
E conduzem em valsa,
Cor, sabor,
Saber, Aprender,
Apreciar,
O tom, o som, o dom, o aroma.
Da chegada hora de florir!

E florindo,
Constrói-se o retrato da estação,
Rastro sinérgico da vida,
E da toada do verão.

E sorrindo,
Construímos a imagem da vibração,
Explosão refletida,
Retida, retina, brilho das Iris.

E florindo,
Sensações dedilham as (pa)lavras,
Em regência orquestrada,
Do silêncio da mata.

E sorrindo,
Atraímos amizades,
Puras, honestas e sinceras,
Durante estações, afeições.

Gozo do sorrir,
Flor(r)iso!
Adorno do florir,
Sor(t)es!


Homenagens aos meus estimados e queridos amigos de longa data: Osmar, João, Telma e Yvone - http://www.casaspossiveis.blogspot.com/, aos mais recentes que chegaram agraciando minha vida: Priscilla - http://priguti.blogspot.com/, Haroldo - http://panaceahg.blogspot.com/, Luiza, André - http://www.blogdomensageiro.blogspot.com/, Rosana e João Pedro e a Minha Florzinha que completou 01 aninho de vida: Raine, nossa Rainha!

20 setembro 2009

Corredores ecológicos x Conexões ambientais.

A semana que passou, iniciou-se com repercussão nacional. Nos holofotes da mídia, o protagonista era um filhote macho de onça parda ou sussuarana, animal do topo da cadeia alimentar, espécie que habita o Japi.
Seus rastros registraram o alarde e desespero e sem pestanejar, agindo por impulso de sobrevivência, adentrou em uma das malhas viárias que corta a franja do Japi, a Rodovia Anhanguera.
Por algum motivo, este felino, espécie territorialista, necessitava abandonar uma área para ocupar outra, desbravar novos horizontes, só não contava com as barreiras físicas e os incontáveis veículos que trafega em uma das maiores e mais movimentadas estradas de rodagem.
Arriscou e o inevitável, um provável atropelamento, sucedeu. Sim, o bichano foi atropelado, felizmente e, Graças a DEUS e a Associação Mata Ciliar – www.mataciliar.ogr.br, passa bem, desejando ser reintroduzido em seu nicho, sua vida.
Junto com essa necessidade e ousadia, trouxe consigo a evidência estampada em suas patas e uma súplica de aflição em seu olhar aguçado, dos vilões do Japi.
A expansão demográfica ao pé da Serra e a ausência de corredores ecológicos de conexões ambientais.
A localização do Japi entre as regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas deflagra as emboscadas ardilosas das selvas de pedras e suas infiltrações de consumo de recursos naturais, naturalmente caminhando para o mundo cinza.
Por outro lado, o Japi mancha esverdeada ilhada entre os cinzas que margeiam, trata de sustentar seu ecossistema, que aos poucos, ou mais rápido que desejamos, perde espaço e se restringe cada vez mais.
Esta problemática grande e grave carece de resolução prática, pois a teoria se resume em planejamento territorial com responsabilidade social, seguindo criteriosamente um plano diretor que respalde os atributos ambientais, compensando e/ou mitigando impactos que surgirão mediante as necessidades, desenhando um modelo de desenvolvimento e crescimento da cidade, alinhado com a sustentabilidade. Obrigação dos gestores municipais a implementação, e dos munícipes a participação e o acompanhamento das tramitações.
Quanto aos empreendedores, estes deveriam reverter uma porcentagem de seus lucros para as áreas ambientais e sociais, do município que os acolhe.
“Se” tudo isso existissem em Jundiaí, certamente teríamos um Plano Diretor eficiente contemplando Corredores Ecológicos, áreas com funções ambientais de conexões, para que este lindo felino, e outros animais, tivessem passagens verdes e ilimitadas - green card, suprindo suas necessidades em outras áreas.
A ausência de Corredores Ecológicos compromete biologicamente a reprodução e a variabilidade genética das espécies, sem contar o confinamento na área e os inúmeros acidentes que ocorrem com animais.
É bom ter os pés no chão e a cabeça nas estrelas, devanear!
“Era uma vez uma cidade entre selvas de pedras, que em sua face sul, resguardava uma selva verde com extenso território, esta ilha verde possuía uma grande biodiversidade. A manutenção da sobrevivência desta floresta era proveniente da influência de maciços florestais do Horto Florestal – área rural da cidade e maciços de outras Serras, todos conectados por corredores ecológicos de passagem, compondo um mosaico de vida, e em conjunto, se sustentavam e mantinham-se em pé”.

É assim que encerro esta pequena fábula dos Nossos Sonhos e dos Sonhos dos bichos.

Aproveito este, para divulgar a ONG Associação Mata Ciliar, que carece de recursos e desempenha um lindíssimo e importante trabalho. Visitem e ajudem esta entidade comprometida com a vida.



Saudações Japienses

11 setembro 2009

Uma nova era - será que já era?

Tenho colecionado muitas estórias dentro da história “Serra do Japi”. Fico extasiada por vivenciá-las, algumas vezes, outras de compartir com meus amigos especiais, alguns tet-a-tet, outros virtualmente, aprendendo constantemente.
Mais feliz ainda, por sentir literalmente os princípios de equilíbrio em um todo e como um todo, interagindo: corpo, alma, coração, mente e sementes, sincronizando com o natural, a natureza. As percepções são aguçadas e galgamos patamares, despertando o feeling. Isso é bom demais, é o prognóstico que recomendo.
Por compreender que tudo e todos ciclicamente se influenciam, desespero-me às vezes e lamento fortemente por enxergar a omissão, o descaso, a lesão, que o Meio Ambiente em nossa Cidade, Querida Jundiaí, rica em atributos ambientais com o Forte Japi e as áreas de mananciais - fonte de vida, suportam.
A ausência de comprometimento do poder público em gestão e a participação popular em reivindicações origina sequelas que pontualmente agregam em grande escala impactos irreversíveis, comprometendo a qualidade de vida, bem quista, cedida sem consentimento da população nativa.
Em diversos locais da cidade há o fomento do crescimento voraz, sendo notório também que as questões ambientais não são transversalizadas com coerência neste fomento. Prova real e vivaz disso é a pendência bu(r)ro-crática que impede a atuação e funcionamento dos Conselhos Municipais - CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE e CONSELHO GESTOR DO TERRITÓRIO DA SERRA DO JAPI, que há 2 meses não deliberam e discutem assunto algum, com tamanha demanda a ser suprida.
Enquanto o tempo passa, os lobos vorazes e famintos de poder, riquezas e status, desfrutam a bel prazer suas estratégias astutas, maquiavélicas, cosendo empreendimentos e negócios próximos de áreas confortáveis, que garantem a qualidade de vida que temos.
Notas de uma observadora: empreendimentos próximos ao Japi e/ou nas áreas de mananciais, canalizações descabidas, parques e áreas de lazer que destruirão fragmentos arbóreos e nascentes, manutenções em estradas rurais sem critérios técnicos, base ecológica estancada pelas obras intermináveis e outros, ufaaaa, preciso respirar...
É tão fácil as resoluções, basta BOA VONTADE em fazer o correto, o coerente e a predisposição de CUIDAR DO QUE SE TEM!
A palavra que deve ser compreendida, examinada e aplicada neste todo é “PREDIÇÃO”.
É preciso ações preditivas ao invés de corretivas e preventivas, é ai que o dom, o feeling e a raça, têm graça e faz a diferença, em uma cidade como Jundiaí.

01 setembro 2009

Sensação / Termorregulação

O sol voltou a raiar e a temperatura subir, o céu tece azul em seu infinito e o ar seco predomina a atmosfera.

Esses dias têm sido assim, e as noites, abrilhantadas com a lua que em seu ciclo cresce, observem!

O nosso Japi é a zona de conforto da city, que arrebate temperaturas bruscas e efervescentes, pairadas neste árido ar.

Sua umidade natural e in loco refresca a sensação térmica de verão fora de época.

Visitar o Japi em busca destas impressões é pura emoção e a garantia de revelações.

Ao caminhar antenada aos leitos das trilhas e desfrutar do conforto térmico, percebo que esta estratégia: refugiar-se no ambiente ameno, é bastante costumeira da fauna.


Os insetos, e os animais em geral de sangue frio, em dias mais frios ou em locais frios, procuram a “zona de conforto”, locais com clareira, onde as manchas de sol e o calor os acalentam.


Esta exposição proposital ao astro sol, aquece-os, regulando a temperatura corporal.

Biologicamente esta regularização da temperatura corporal é um sistema conhecido como TERMORREGULAÇÃO, onde a manutenção térmica interna é bem vinda para ativar as atividades: vôos rasantes, caça sucedida, fuga veloz e todas as outras que compõem as estórias de interação da fauna e flora, verde e água.

E Nós, de sangue quente, latinos americanos, afugentamo-nos à sombra e água fresca da interação Serra e Paz, termorregulando nossa temperatura. Quando impossibilitados desta ida, transpiramos, perdendo o calor que nos consome.

19 agosto 2009

Reflexo

Tempos difíceis,
Complicado é entender,
O que não tem explicação.

O destino traçado,
Oras forçado,
Rumo ao futuro,
Sem direção.

Vertentes triangulares,
Trilogias dissipadas,
Raízes subtraídas,
Imbróglio temático.

Pauta importante,
Sem pausa.
Pesos irrelevantes,
Questões importantes.

Meio ambiente – vida,
Social – vidas,
Economia, prioridade sistematizada.

Tempos difíceis,
Momento de resgate,
Ato de amor,
Fraterno e eterno,
Corrente do bem,
Elo perdido por muitos
Encontrado por poucos.

Alma elevada,
Plenitude e imensidão,
Nem os ares e mares,
Interpretam esta sensação.

É algo mágico acontecendo,
Basta fé e leveza,
Paciência e minuciosidade,
Calma a apreciar.

Manifestação Divina,
Rutila beleza e ternura,
Aflora sentimentos,
Floresce em si e por si.

As flores!
Essências e essenciais,
Brilho, vigor e esplendor,
Verdadeiro amor!

Estas são algumas flores no auge!!

12 agosto 2009

Ervas que curam!

“Laboratório vivo a ser desvendado e preservado!” Esta certeira definição da floresta Japi ressurge em pensamentos sob tempos apreensivos da pandemia H1N1.
Não quero tratar sobre este retro vírus, lendário ou exterminador, nem quero, mas já o faço, expressar minha opinião sobre a massificante repercussão da mídia a respeito do assunto, cujas informações confundem, apelam, amedrontam, sobre a gravidade ou não de um vírus mais forte, mas um vírus de uma gripe. A única pergunta que indago, registro aqui: Quais são os números ou levantamento estatístico de casos de óbitos provenientes de uma gripe comum, que em casos de baixa resistência e outras variáveis complicaram a recuperação?
Quero aqui e agora, dizer que as ervas curam! São mágicas poções que restabelece imunidade á nós, frágeis seres e impotentes, diante do universo.
As alquimias de cada espécie pode ser um importante princípio ativo para uma grande descoberta farmacológica.
As florestas, um retiro que aqui reitero, proporcionam satisfação, emoções, contentamento, bem estar e qualidade de vida, indo além, projeta indivíduos, plantas para curar!
O nosso fodástico Japi traz em seu solo inúmeras plantas medicinais. Tenho aprendido sobre algumas espécies em algumas monitorias, com pessoas que resgatam o naturalismo, outras que vivenciam a experiência e ainda outras que podemos chamar de alquimistas.
Minha última descoberta referente ao assunto foi sobre a espécie Assa Peixe – nome popular, Vermonia polyanthes – nome científico, da família Asteraceae. Uma planta encontrada em áreas abertas e que produz muito pólen e néctar, considerada melífera, com fragrância suave e florescência nos meses de Julho e Agosto.

As substâncias desta preciosa espécie curam e/ou amenizam as inflamações superficiais e dolorosas da pele, conhecida como erisipela, doença causada por bactérias e fungos.
A receita é muito simples: apanha-se folhas da Assa-peixe, em seguida lava-se bem as mesmas, após a lavagem, amassa-se com água morna e aplica-se sobre a pele, repetindo o ritual duas ou mais vezes ao dia, sem contra indicações e efeitos colaterais.
Ao avistar esta plantinha no meio, não imaginamos suas ações poderosas de “alívio já”! E quantas outras, que desconhecemos, trazem em seus DNAs o segredo do remediar.
A floresta contempla-nos a gosto, não só em Agosto, desde que a preservemos e em equilíbrio, exploremos os benefícios incontáveis e incalculáveis.
O fato é: o Japi e as demais florestas recuperam simplesmente o SER, restauram a alma, a mente, o corpo e o coração, basta o despertar para as alquimias.
Brindemos com chás que curam as azias, brindemos com chás que trazem alegria! Brindemos e bebamos!! Apareçam para um chá!!!

Aproveito aqui para homenagear Meu Querido Pai – Ademir Polli e agradecê-lo por SER, e existir em minha vida.
Meu Pai, minha referência, que hoje é muito mais meu amigo e muito mais que um amigo e ensinou-me a trilhar no caminho que sigo em paz, te amo Pai, obrigada, tenho imenso orgulho de nossa empreitada e um prazer enorme de chamá-lo: Pai.

28 julho 2009

Pedras fundamentais

Na correria do dia-a-dia, se foi mais um dia! As horas escorrem entre os dedos, e nada de conseguirmos agarrar o tempo, e como em piscares de segundos inicia tudo novo de novo.
O tempo tem sua rotina estabelecida; segundos, minutos, horas, meses, semestre... e lá se foi mais um, marcado pela estação rotineira da época, o inverno.
E assim, a vida acontece para distraídos e é também assado, que os dispostos fazem a vida acontecer.
Independente da fase, a frase deve ser dita: Bem vinda vida! Oras pois, os bons ventos sempre sopram, e as ventanias sempre se vão.
Dias de luta, correria, não fugindo da regra, assim tem sido meus dias. Mas de repente, escapei da previsão rotineira e me refugiei às montanhas quartzíticas para recarregar as energias, pólo magnético e oxigenar o cérebro, inspiração-piração, este conjunto tempestuoso é um bálsamo para a alma, sensibilização a flor da pele.
E as flores do frio apontam na mata, a floresta tem seus pilares de sustentação no inverno, afinal, qual seria o destino dos frugíveros e dos polinizadores?

É certo que neste ciclo muitos insetos estão em diapausa (permanecem imóveis e reduzem seus metabolismos), os mamíferos hibernam (entorpecem em um sono profundo), mas o tempo não para, a vida pulsa.
Os pilares de sustentação são as espécies conhecidas como “Pedras fundamentais” que mantém o ecossistema em seu ciclo, em um compasso desacelerado, mas vivaz e ativo.
Essas espécies se forem extintas, desestruturariam em cadeia nichos e nichos. São as Key Stones, chaves essenciais para esta fase: bons ventos, ventanias, frio e atipicamente chuvas.
A conjunção das “Pedras fundamentais” se dá em bolsões de umidade, com a descida dos bichos do topo, que está frio e deveria estar seco.


Todos à espreita, na quietude do novo ciclo repetir: primaveril, primavera.

13 julho 2009

Outros sítios, outros exemplos.

A natureza transcende beleza como a composição que divaga além da sonoridade, do ritmo e da harmonia, sonhos. E transcendendo, incita os que afloram em vida, a compor poesias cifradas e grafadas, primícias do sentir.
Certa vez li que dentre uma lista prazerosa de acontecimentos momentâneos em nossas vidas, uma delas é ligar o FM, companheiro de muitas horas e horas, e escutar aquele som (música) que nos aguça a acordar sonhando e levantar, ativando momentos reflexões.
Confesso que tenho este prazer quase que diário! Adepta e vidrada em música entrego-me neste momento mágico, parando para apreciar o som acompanhada das letras que nos diz algo á acreditar.
Mas na verdade, a música que tanto me estimula e estimula a outros, é só uma vaga filosofia que tive em uma nova expedição, desta vez não no Santuário Japi. Esta visita técnica ocorreu em uma Reserva Particular e suscitou muitas lembranças, uma delas foi á composição de Jorge Ben: “... Moro em um país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza...”.
Neste abrigo extenso pude experimentar o despertar cedo com as aves entoando seus cantos. Revi, só que desta vez livres e soltos, papagaios, periquitos, tucanos, águias. Conheci outros cantos e pássaros belíssimos em ordem de grandeza, e até delirei com comentários da possibilidade de rever neste safári natural, a harpia, a nossa maior águia. Safári natural é a melhor descrição deste sítio composto por vegetação de Mata Atlântica preservada, Mata de tabuleiro, mosaico de biomas, onde os moradores nos surpreendem a qualquer instante.
Quando avisto algum bicho, desde os menores até os maiores, explodo em emoção de satisfação e agradecimento.
Neste sítio, não me cansei de avistar seus moradores e agradecer pelo momento de felicidade. Quem vê ou convive com bichos em cativeiro, conhece bem este sentimento, de partilhar o habitat naquele exato momento, com o bichano livre.
E com este sentimento de partilhar, tive o privilégio de avistar também: tapiti (lebre), veado, cutia, macuco, mutum, raposa e curiango. Alguns encontramos no Japi, outros na lista de extinção.
Os que não vi, por falta da oportunidade certa no local certo, mas que ouvi comentários: anta, onça pintada, onça parda, bugio, queixada, saua, dentre uma lista de presença da fauna brasileira.
Outros aspectos chamaram minha atenção: ecoturismo sustentável, construções ecologicamente corretas, consumindo energia renovável ressaltando e ensinando este conceito aos visitantes, integrando as pesquisas científicas. Sutilmente incutindo o meio ambiente e suas variáveis á todos que visitam este safári natural. Isso tudo respaldado por um Plano de Manejo implementado que traçou diretrizes de planejamento, planos de ações, manutenção, monitoramento e fiscalização.
Por exemplo: manutenção – No Japi temos um problema seríssimo sobre a questão, pois não temos procedimentos de manutenção na rebio e nem em seu entorno. Gostei muito do sistema que é utilizado para o controle da velocidade das águas pluviais, um projeto de engenharia simples e funcional acionado pela execução de lombadas, cujos objetivos são atendidos e atenuados.
Este arsenal de ferramentas funciona desde que seus gestores assumam este compromisso com força de vontade e respeito.
Este exemplo que vivenciei por alguns dias, só vem reforçar minha convicção sobre a necessidade do Plano de Manejo efetuado ser implementado com urgência na Rebio do Japi e entorno.
Já estamos quase comemorando o aniversário de 01 ano da elaboração do Plano de Manejo, que segue bem escrito e guardado, resta saber: quando será executado???

30 junho 2009

Vulgo Caxinguelê

Ao adentrar a mata, um novo mundo é avistado, outro, onde o tempo é medido pelos raios solares, banhos lunares e as estações.
Estes elementos unidos, separados, mas sempre sincronizados, permeiam este mundo tanto quanto a alegria de um coração pulsando admiração, realinhando a sinergia local.
A minuciosidade esbanja preciosidade e a ociosidade bem vinda, fica pairada no ar, sentindo este tempo passar e ensinar a sabiência, aquela bem adiante, à frente, diante das adaptações que nos leva a sobreviver na mágica circunferência azul, que acolhe do macro ao micro, habitats.
Estes reportam com perfeição a perfeita e contínua maravilha do acontecer, amanhecer, entardecer, anoitecer, SER.
E agraciada com as novas sensações, felicito em preces, o prazer de desfrutar o tempo sem pressa e sem horas, andando devagar sem destino e sem direção, refletindo sem e com tempo.
E em uma destas oportunidades bem quistas, serelepeando, o serelepe, ops... O esquilo serelepe, aparece em cena interpretando atos de travessuras. Astuto, este matuto habilidoso brinca de viver.
Seguindo seus passos, passinhos rápidos ligeiros, perco-o de vista em uma alta palmeira, espécie Syagrus romanzoffiana.
Bela e majestosa palmeira, carregada de frutos, pencas e mais pencas de coquinhos, sacia os Sciurus ingrami - Esquilos.
Nos ramos da palmeira, a missão dos Serelepes é farta- se com proteínas seguindo um ritual: o peludinho de cauda apóia um dente em um dos três poros que o fruto possui, fazendo uma incisão triangular para devorar sua refeição.
Quando encarregado da busca alimentar, faz a feira, não importa o dia da semana. Dia? Semana? Este tempo só nós classificamos e fracionamos.
Carregando o mantimento até o seu ninho, provisiona previsões, garantindo a despensa cheia para tempos de míngua, mirrados.
Outras vezes serelepeando os seus achados, enterra os frutinhos em algum canto, esquecendo-os, inconscientemente ou conscientemente sendo um semeador.
E ai do inseto atrevido que pousar nestes frutinhos! São instantaneamente depredados, exterminados.
Os serelepes, roedores conhecidos como caxinguelê, faz com que fiquemos parados no tempo a espreitar.


"...Eu tô retado cum você
Tá vendo tudo
E fica aí parado
Cum cara de veado
Que viu caxinguelê ..."
Raul Seixas.

22 junho 2009

Forte Japi

Vibrando em ansiedade e borbulhando a curiosidade, passo por guaritas, barreiras físicas que atenuam (ou pelo menos deveriam) os desfeitos no Japi. Zigue-zague-andando em porções de terras, cuja herança das degradações está interligada a valores venais, o ponto da encruzilhada entre a preservação ou não, um outro ponto aponta a fragilidade do "Forte Japi".
Amostrado à céu livre, fenômenos que naturalmente e vagarosamente podem vir a ocorrer, como um deslizamento de solo por exemplo, foi constatado ao vivo e a cores um destes, evidenciando a fragilidade do território e admoestando raciocínios sobre a ansiedade gananciosa que usufrui mais do que deveria, acelerando os processos naturais e induzindo as possibilidades a se materializarem em berrantes impactos ambientais.

O Forte Japi é vigoroso, mas ao mesmo tempo frágil, principalmente quando não sustentado, desmoronando seu impetuoso solo, levando de grão - solo à árvores, tudo pela frente.
Diante desta circunstância, mais do que prova do resultado negativo da equação: uso inadequado = degradação, registro aqui que houve um vultuoso e extenso desmoronamento na região oeste, dentro de um loteamento equivocado e instalado em um dos topos do Forte Japi.

Um minuto de silêncio...

Seguindo em frente, outras visões, desta vez, agraciadas pelo belo, inspiram gentilezas e pairam na atmosfera presente: é a vida acontecendo naquele exato momento ao redor e sempre!

Em um túnel de teto azul timbrado, rebordado em suas laterais com árvores, estas abastecidas de insetos, servem ao deleite, os pássaros, provendo gentilezas alimentares.

Convite para um vôo suave e observador que plaina de galho em galho.

Seus ilustres convidados abrem as asas de nossa imaginação, e o desejo artístico da pintura em tela digital, fragmenta luz que traduz em imagem os traços de pássaros. Este provavelmente da família do sanhaço.

Todos os movimentos controlados, até mesmo a respiração, para não incomodar e/ou amedrontar este banquete ao som da avifauna tão presente no Forte Japi.

Depois de inúmeros clicks, caminho ao topo sobre cascalhos, vôo ao infinito próximo, que de tão próximo, ponho-me em estado de admiração, inflando de essência... (tropeço em mim, desperto-me em pensamento, subo no alto e visto sentimentos, despindo segredos)... continuo a apreciar o contorno da montanha, que expõem sua bibliografia em paredões.


O destaque referencial é para as avultosas palmeiras que deslumbradamente diferencio facilmente noutro lado, outro ponto.
As palmeiras, espécies nativas e ao mesmo tempo exóticas, origina contos... sinônimo de querer saber mais!

15 junho 2009

Busca

Cadê inspiração??
Respiração!!

Eis que ao sul surgi,
Majestosa, jeitosa, insurgente,
Esverdeada, enveredada,
Veemente.

Em minha visão horizontal,
Tal, manifestação silhuetada.

Pulsa pulso,
Vontade de desenhar palavras,
Rimar frases,
Arriscar,
Riscar,
Pintar minha paz e felicidade,
Rascunhar meus caminhos,
Iluminar minhas idéias,
Deslizar em versos,
Resenhas da admiração e do êxtase.

A palavra esvazia,
Sentimentos despejam, pelejam,
Ressurgem,
Vibram,
Enamorados de si e d’outro,
Do mundo, do tudo e do nada.

Começam,
Meado,
Fim,
Recomeçam,
Cenas, cenários,
Teatro mágico.

Abrem as cortinas, retinas,
Possibilidades, habilidades, utilidades, inutilidades.

O som toca,
A palavra toca,
E tocada,
Entocada no conforto,
Traquilizo e acomodo,
Oras protagonizo,
Oras espectador.

Dor,
Prisma colateral.

Efeito,
Rarefeito com o tempo,
Tempo que faz e refaz,
Sem tempo,
Com tempo,
O uniVERSO.

05 junho 2009

Dia D - Meio Ambiente


No meio da cidade de Jundiaí, estou a absorver por inteiro os predicados ambientais, que meio preservamos e meio degradamos.
Sim, meio a meio, e a cidade converte-se em cenários não vistos e meio que imagináveis.
Modicidade quando compilado prosas e versos, o panorama original.
E o tempo por inteiro, encarrega de traçar ao meio os destinos, os caminhos, a história, o próprio Meio.
E no meio dos Seres, que meio entendem e meio fingem não entender, com mea-culpa, continua o exíguo do Meio, que mesmo fracionado, continua inteiro.
Inteiro, perturbado e ilhado temos o Meio do Japi.
Inteiro, manancial e degrado temos o Meio do Jundiaí – Mirim.
Inteiro, transformado e desqualificado temos o Rio Jundiaí.
Todos e tudo cabem no Meio, mas o próprio Meio perde espaço, para o subjetivismo. O individualismo domina o meio e o coletivo esmorece.
A somatória subjetiva, potencializa a subtração e a divisão do Meio, sintentizando a mutilação do ambiente.
Este Meio, ambiência de todas as formas de vida, é alterado constantemente com o nosso modo de vida, dissipando preciosidades conhecidas ou não, fundamentais a sustância do Meio.
E o Meio Ambiente, no mais completo, inteiro sentido, é homenageado somente hoje, mas deveria ser pauta de todos os dias, de todas as questões.
O pacto concedido com esta honraria significa reflexões profundas e íntimas, estas deveriam fazer parte do nosso meio de vida.
Estímulo para que déssemos meia volta, na circunferência que estreita o caminho da extinção. Isto resultaria em mudanças de atitudes, conceitos e paradigmas.
E eu, em meio ao meu íntimo que intima a extinção das lidas mesquinhas ao invés das belas formas de vida, proponho esta ambiente - transformação.
Tudo que nos rodeia, encadeia, cadeia, teia, pura conexão, somos parte do meio plenamente ambiente.

27 maio 2009

Mata Atlântica


Abrigo de um patrimônio natural único e peculiar, a Serra do Japi resguarda remanescentes de Mata Atlântica, resquício do bioma mais devastado do país, que possui a mais rica biodiversidade do mundo.

Este bioma florestal, quase dizimado, hoje está sendo homenageada pela sua grande importância ecológica.

Tendo amparo legal através de um protocolo específico, que foi muito discutido na esfera federal, ainda em tinta fresca, ampara a lei federal nº 11.428/2006.

Este aparato é o decreto federal nº 6660/08, que finalmente consolida a proteção das florestas com a insurgência característica deste importante bioma.

Mais um motivo inspirador para preservação do Nosso Japi, a fábula viva, relictos deste importante bioma, que resguarda riqueza e abriga abundantes vidas, nas mais variadas formas, regando poesia nas mais simples estórias.

Salve o Japi!

24 maio 2009

Transparência - Borboleta Vitral

“Entre as coisas mais lindas que eu conheci,
Eis a Serra do Japi,
Só reconheci suas cores belas quando eu te vi.
Entre as coisas bem-vindas que acolhi,
Eis borboletários,
Eu reconheci minhas cores, e então eu me vi”.
(Nando Reis/Patrícia Polli)

É assim que sinto-me, entre uma descoberta e outra, a Admiração borbulhar. Não é pra menos, o Japi é um REDUTO de borboletas. Em todo canto, em todo lado, esquerdo ou direito, em todo horizonte, a admirar.

Ao trilhar e desvendar como alquimista o Japi, pronta para registrar mais uma magia, deparo-me com as Ithomineos, as famosas e linidíssimas Borboletas Transparentes, as Vitrais.
Eis que surgi, como em uma receita, aos quem tem o espírito atento e curioso, seus segredos.

Os machos buscam uma substância conhecida como alcaloide, no nectar da flor, alquiminizando um feronômio para atrair e encantar as fêmeas, com a maior gentileza, aqueles tratos que conquistam nós Mulheres, e que sempre queremos para ceder a corti.

As parceiras e amigas que oferecem este alcaloide, são da família das Asteraceas, espécie Trichogoniopsis adenantha.

Este momento mágico é compartilhado com essa dupla, a planta fornerce o acaloide e a Vitral poliniza a flor, depositando em sua essência a magia que recolhe em seu Ser, transformando para seus “inimigos” - predadores--, impalantáveis e para suas damas, galanteador.

É uma verdadeira parceira que se dá, as Vitrais transludem a fecundação das flores e, as flores retribuem com a poção mágica, á sobrevivência destas borboletas.

Eis mais um dos inúmeros segredo Japienses!!!

Eu como fã incondicional descrevo aqui, com enorme fascinação essa alquimia.

14 maio 2009

Orquídeas - OrquiVófila

Esta Serrinha resgata constantemente maravilhosas recordações de minha vida!

Em cada canto, um conto, encantado de lembranças vividas, que canto aqui.

Hoje, não diferente de outros dias, sinto a plenitude que paira sob forma de encantamento, transformar-se em bem estar, metamorfoseando em sáude, convergindo em qualidade de vida.

Quando alguém indaga-me sobre a importância do precioso Japi, meu resumo se condensa em "encantamento", que desencadeia benefícios intransferíveis e impagavéis. É o âmago, amagalmar, amar!

Enfeitiçada com as proporções deste infindável encantamento, suscitei minhas lembranças saudosistas, de uma pessoa Mui Querida, que ensinou-me, apoio-me e abrilhantou meu caminho, minha Avó Lucila.

As orquídeas eram sua paixão, seu hobby, uma coleção de inúmeras espécies instituiam seu orquidário e nomeava-a, orquiVófila. Essa Senhora e seu belo par de olhos azuis, radiavam quando alguém quisesse ver seu canto, encantado.

Sua voz emotiva soava contetamento, melodiava a aparição de mais uma espécie em sua repleta amostra, e mais intensificada era quando dentre as inúmeras, afloravam suas formosas e delicadas flores.

Formosa e delicada, são as qualificações mais retratavéis de uma orquídea, e modestamente de minha Avó Lucila. Hoje, entendo que estas belas plantas, suavisavam sua vida, seus caminhos e fartavam seus olhos na beleza de quem as viam.

Existem algumas espécies de órquideas em nosso Japi, mas poucos estudos delineando-as. A mais avistada nos lajedos rochosos ou em galhos de árvores, são as epidendrium rosas.

As orquideas, epífitas ou rupestres, têm polinizadores específicos para continuamente e tenuemente ornamentar os cantos para nosso deleite.

Minha Querida e Saudosa Vó Lucila, obrigada por tudo, em especial por ensinar-me a apreciar estas belas plantas e por auxiliar-me a traduzir este sentimento que adormece em meu peito, quando recordo-me de você e do Meu Querido e Saudoso Avô Antônio, SAUDADES – o amor que fica.

10 maio 2009

Mãe! Obrigada!

A Serra do Japi concedeu hoje este espaço... e minha Mãe mais que merece!


Mãe!

Não recordo-me do seu primeiro toque, mas imagino o aconchego que inflou meu Ser, quando ao nascer, fui embrenhada em seus braços e colo – pura emoção!!! Hoje, reconheço-os como recôndito da minha alma.

Fico emaranhando estas imagen(ação)s, devaneando a menina Maria e suas fases, até confluir à maternidade, onde passo a compartilhar sua vida e você compartilhar a minha.

Maria, minha Mãe, cuja dona de um nome forte e impetuoso, é mais conhecida como Lurdes, ou vulgo Lú. É também conhecida pela generosidade de seu coração, sua sensatez de cidadã, sua alegria amistosa, simplicidade para os de casa e bons amigos, sua garra como mulher e sua afetividade como Mãe para seus filhos – Patrícia, Sandro e Juliana, Avó para seus netos – Rauan e Raine e Esposa para seu marido, meu Pai – Ademir.

Não me canso de entranhar na incursão de nossas estórias, voo conjuntamente com suas narrações e consigo consolidar projeções e cenários, fomentando uma referência. Este mix (contos, sonhos, frustrações, esperança junto com suas virtudes e exemplos de fé, alto domínio, amor, brandura, disciplina, benevolência) origina uma poção que contempla mais que meus sentidos. Vou além deles e fui além, edificando meu Ser, graças a você Mãe, que no intento mais nobre dessa palavra “MÃE” desenvolveu e envolveu sua prole na missão honrosa da vida.

Seguindo nossos caminhos, filhos saindo de casa e construindo suas histórias, os sentidos de ver, ouvir, sentir o aroma no ar, apreciar o bom paladar, o contato tenro do abraço e dos inúmeros beijos, sua beijoqueira, diminui em quantidade, mas proporcionalmente aumentou em qualidade. Por isso, nossos encontros são energicamente acalorados sempre.

Mas as lembranças, ahhh, estas ficam mais do que registradas em memórias, são tatuadas em nossos corações e juntando as estrofes das nossas vidas, relembro você, minha Mãe, ensinando a cultivar flores em nossos jardins e a dizer palavras coloridas e doces em nossos dias.

Acho que inconscientemente, ou conscientemente, despertei o amor que alimento em meu coração pela Serra do Japi, meio ambiente, a vida em todas as suas formas e diversidade, inspirando-me em você e no trato - cuidado carinhoso que você tem pelo seu jardim, suas vidas verdes, plantas e flores. Seu jeitinho espontâneo, cordial e natural de apreciá-las, me entusiasmou e contagiou.

Com o brio do orgulho, agradeço você pela dor do parto, aleitamento, cuidados, carinho cativante de amor e benevolência, afago, conselhos e disciplina (os puxões de orelhas e cintadas), colos, as delícias culinárias, suas ligações, suas visitas, seus presentes em diversas situações e formatos, enfim, por ser, preencher e dedicar-se profundamente (intimamente) como minha MÃE.

Amamos você eternamente

02 maio 2009

O outono do Japi

O verão se foi, e com ele as quentes temperaturas que irradiam a proximidade do Astro Sol.
Agora, nova fase, outra estação, novo ciclo. O Outono, que espia o céu mais azul que antes.
Permito-me a apreciar este cenário no Japi, um belo dia, um pouco mais frio, mas energicamente fascinante e inspirador, com o azul celestial tonificando, blues!

Tangendo pensamentos juntamente com o tempo, que conflui para o solcístio, desperto sensações que resgatam o “equinócio”, luz sempre nos caminhos em iguais proporções, mesmo com os dias mais escuros, visitas noturnas mais longas, pois mesmo no solcístio, as estrelas abrilhantam o céu, as estações e o tempo.
Nessa estação a natureza começa poupar seus esforços, já sentem a pequena distância do Sol, a míngua do dia, sinais de redução energética e adaptação a novas circunstâncias.
No Japi, nosso conjunto florístico denominado como Floresta Mesófila Semidecídua, tem por característica: vegetação de porte médio a alto, com dossel fechado e subosque denso, uma transição de florestas litorâneas com o cerrado.
É nessa época que o Japi faz jus a sua nomenclatura “MESÓFILA SEMIDECÍDUA”, e contribui acentuadamente para a dinâmica da floresta, pois seus indivíduos necessitando poupar nutrientes, retira-os das folhas, concentrando-os no caule, assim as folhas ressecam e caem, sendo depositadas no solo (serrapilheira) e decompostas por fungos e bactérias, retornando como nutrientes. A perfeita reciclagem natural da matéria orgânica.
Outono, estação que demarca a decadência e que nutre a colheita, pois é época de preparação para a próxima fria e hibernante estação, o inverno.
As belas habitantes da nossa preciosa Serra do Japi estão iniciando este ciclo, desprendendo-se parcialmente ou integralmente de suas folhas, folhas que já não fazem sentindo adornar seus ramos, mas que alimentarão o solo.
A sábia experimentação que veicula percepções é que as árvores armazenam somente o necessário, suficiente para mais uma passagem em suas vidas.

Outono, simplesmente Outono!

22 abril 2009

Presente da Majestosa Serra do Japi

Esta semana é especial, pelo menos pra mim! Feriado 21, Dia do Planeta 22 e meu aniversário 25.
Tudo em minha vida tem se revelado presentes do presente. Sou imensamente grata pela dádiva da vida que deleito com os meus, em meus caminhos sinuosos e bifurcados.
Transbordando felicidade, compartilho mais uma alegria e exaltação que a Serra do Japi me possibilita a contemplar.
Há tempos flerto uma bela Borboleta, que não é difícil de topar nas trilhas, mas é quase impossível uma pose para um click.
E decida a ter este registro além das lembranças de minha memória, incessantemente persegui-a, para traduzir seu belo modelo em imagem.
Modelo 88, tricolor, branco, preto e vermelho, asas posteriores e asas interiores o ressaltado azul em preto.
Essa irrequieta e arisca borboletava-me sempre em seus vôos panorâmicos e rasantes, aguçando mais minha sede de materializar esse presságio.
E enfim, missão cumprida, eis que fui presenteada mais uma vez e consegui esta proeza.
Feliz insurgente, clamo solenemente: Nossaaaaaaaaaa! Ufffaaa! Obrigada!!!!
Devaneio: entre tantas idas e vindas, caminhos, trilhas, pernadas, paradas e tentativas, a lepidóptera Diaethria clymena (Nymphalidae), conhecida como a borboleta da sorte, mimoseou-me com agouro, mas que isso, lecionou!

15 abril 2009

Consequências de nossas interferências.

Faço uma pausa às indignações e reivindicações locais, para vociferar que foi notório este ano, o atraso do pico metamórfico das lagartas. Quem aventura-se no Japi com o espírito aguçado às descobertas, pode observar a insurgência constante dos belos modelos de lagartas, agora, meados de Abril.

Não só esta constatação foi feita, mas também, a referente aos besouros. Segundo o pesquisador - professor Dr. João Vasconcelos Neto – Unicamp, ele citou que as populações de besouros não estão tão abundantes como em outros anos no Japi.

Curiosamente espantada, indaguei-o suscitando as conseqüências do Aquecimento Global como causa, e o professor ratificou que as fortes e exageradas chuvas, o calor excessivo, condições climáticas irregulares e períodos muito secos são os responsáveis sim, por estas alterações bióticas no nicho Japi.

Aquecimento global, conseqüência real e local!

Assistam o filme “A última hora” retrato fiel dos frutos que já estamos colhendo por desdenhar da nossa ECOcasa. Não temos outro lugar para morar, a não ser aqui, não temos outra hora para agir, a não ser agora.

Outro apontamento importante para reflexão, hoje é dia nacional de conservação do solo.

Nosso solo, chão de tudo e todos, tão impactado com ações antrópicas; movimentações, impermeabilizações, desmatamentos, contaminações, poluições entre tantas outras, que não consideramos, mas enraizamos e regamos em nossos solos, matéria – prima da vida.

As interferências da nossa espécie no Planeta avançaram todos os limites possíveis e imagináveis. A engrenagem está a todo vapor, ainda consumindo carvão, mesmo com toda tecnologia, acelerando nosso e de outros seres vivos o processo de extinção.

Assim encerro hoje este, um pouco desiludida e preocupada com os filhos que deixaremos para o Planeta e não mais com o Planeta que deixaremos para os nossos filhos.

08 abril 2009

Impacto Ambiental

Hoje deixo a poesia calada em minhas escritas, para em alto e bom som, de preferência com um megafone, alarmar as incoerências e desmantelos que ocorre na nossa serrinha Indefesa e Pertinaz.

Exercendo minha atribuição de MONITORA, assim rege minha função, não me limito em apenas monitorar os trilheiros e demais visitantes na Rebio (Reserva Biológica).

Estendo está incumbência para todo o território do Japi, quando possível, desbravando seus cantos e contos.

Eis que um belo e azulado dia de outono desses, paro e deparo com um gritante impacto visual nas trilhas. Antes fosse só visual, ilusão, matéria, orgânico. Não era!

Também era ambiental, realístico, contínuo, indecomposto e inerte.

Parecia uma miragem, não, miragem sempre é associada com oásis, e neste caso, parecia um show de horrores, decepção.

Imaginem vocês, estradas de terra, belas com árvores e cachoeiras, de uma Serra, considerada Patrimônio da Humanidade, tendo em sua manutenção a disposição de entulhos de todos os tamanhos, grandes fragmentos de entulhos demolidos, e todo tipo de material, sem critério técnico algum, em suas bordas, dentre elas, uma que margeia o limite da Reserva Biológica.

Ilusão (idi) óptica !! Para completar, eis que no topo de um dos pontos mais alto do Japi, um amontoado de entulho, verdadeiro Bota–fora, ou melhor, Bota-dentro (lixo).

Os impactos ambientais são iminentes, estradas com entulixo, material urbano carreando para os corpos d’água, visual horrendo e sensação de... (aff), triste, esta palavra afasiou-se.

Eis que a gana de ambientalista e gestora pulsa, e devaneio-me com um exeqüível e inteligente projeto de manutenção das estradas de terra em APA’s (Área de Proteção Ambiental), para conter erosões e assoreamento, contemplando lombadas para controlar a velocidade da água e drenagem para o eficiente escoamento.

Para a problemática dos entulhos ponderei; uma central de triagem e reciclagem, aproveitando este material para outras construções, pavimentação de estradas, enchimento de fundações de construções e até re-produção de tijolos, chamados de ecológicos. Soluções que sempre devem estar acompanhadas de critérios técnicos, profissionais habilitados, disposição e inovação.

Esta minha indignação foi passada adiante, no aguado das providencias por parte dos responsáveis.



ENTULHO NO JAPI, NÃO!!!