Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




10 fevereiro 2014

A Água...Como Ela É!!!

Por vezes a nomenclatura do planeta, popularmente conhecido como planeta “Terra”, tem sido substituída por planeta “Água”.
Título mais apropriado, já que a constituição de 2/3 Deste é água.
Entretanto esta água tida como abundante e infinita, há tempos vem sido desmistificada, gotejando uma verdade inconveniente: este recurso essencial para a manutenção da vida no planeta é finito.
Prova vivida disso, é este ciclo de verão 2013-2014! Verão atípico: seco e historicamente com altas temperaturas de derreter calotas polares.
Recorde de 80 anos, vivido por poucos e surpreendendo muitos.
No município de Jundiaí, em um tempo recente, tinha-se uma propaganda que drenava aos quatro cantos da cidade: “conforto hídrico”. Esta, surrealista caiu por “água” ou por falta de.
A cidade com atributos ambientais sofre como as cidades da região por falta de chuvas e por não ter uma reserva hídrica suficiente para o aumento populacional dos últimos anos.
Inserida na bacia hidrográfica do PCJ – Piracicaba, Capivari e Jundiaí, a Unidade de
Gerenciamento de Recursos Hídricos de número 05 – UGRHI revela a tona que diante da estiagem histórica, o Sistema Cantareira que pertence à outra bacia hidrográfica (fornece 60% de água a RMSP – Região Metropolitana de São Paulo) pode não mais ofertar água.
E por que isso deve nos preocupar?
Porque uma alíquota significativa de nossa água represada no Parque da Cidade vem do Rio Atibaia, rio que pertence ao Sistema Cantareira.
Porque nosso manancial: Rio Jundiaí Mirim, não supre a demanda.
Porque a disputa por água já se iniciou em nossa região levando o governo do Estado a criar um comitê anticrise em parceria com o governo federal – ANA (Agência Nacional das Águas).
Porque o racionamento de água já foi decretado para alguns dos municípios vizinhos.
Porque não chove, e sem chuvas, é impossível recarregar os lençóis freáticos e abastecer nossos rios.
Porque ainda há pessoas que desperdiçam água, como que esta estivesse brotando do céu em sua normalidade.
Porque a DAE – empresa mista que gerencia a distribuição de água já anunciou que em 15 dias teremos racionamento de água.
Agora, está mais do que na hora de fecharmos as torneiras, abrindo a mente para mudanças...
Racionalizar o uso da água;
Conservar a mesma através de ações de renaturalização dos corpos d’água, permeabilidade do solo, promovendo a recarga dos lençóis freáticos;
Captação e uso das águas pluviais;
Reuso de água;
Que este verão intenso e seco seja a gota d’água em aviso, da necessidade urgente em preservar o diamante líquido que nos resta.