Estava resistindo escrever este! Porque ainda dói tua perda,
porque ainda é sofrido lembrar a agonia dos últimos instantes, porque quando
bate à saudade, ela lateja ritmada com a pulsação acelerada.
Resisti e não consegui manter a resistência. E resolvi exercitar
a resiliência!
Este mês cor de rosa, choque-pink-bebê, com todas nuances
das diversas tonalidades da cor rosa, vem em tom maior à campanha mundial do
combate ao câncer de mamas, vem em tom alarde lembrar TodAs do toque, do
apalpar, do se conhecer e se cuidar.
Rotineiramente mantenho cuidados preventivos, mas minha avó,
a Senhora do texto, não o fez.
Tímida, ressabiada e com alguns conceitos deixou, sem
querer, sem a menos saber, a moléstia maligna tornar agonizantes seus últimos
dias.
Esta Senhora que tanto vibrava com os meus feitos era uma
orquiVófila, semeadora de ervas, curadora das plantas.
Seu translúcido par de olhos azuis irradiava canteiros cheio
de cheiros, sabores e segredos medicinais.
Usava lenços na cabeça; viajava bastante; amava os bichos!
- Vó Lucila -- assim eu a chamava!
Com pesar lembro-me do
teu último suspiro, mas com infinita alegria vejo refletida em mim, as heranças
herdadas observando teus prazeres e passa tempo.
Pude aprender “planta(r)” desde a semeadura; broto,
crescimento, polinização, flor e às vezes fruto, azedo ou doce, não importava,
porque o grande “tom” era colher.
Hoje, com uma leitura de mundo “modestamente e mediocremente”
esclarecida, vejo que tudo no dia-a-dia gira em torno desta panacéia: “A Semeadura;
regar; adubar; cultivar. E do broto, ainda cuidados requer para crescer,
polinizar e doar flores e frutos. Os frutos, alguns são azedos, porque é
preciso alcalinizar temperamentos e alguns doces porque é preciso sorrir pra
vida”.
Alcalinizando a acidez desta moléstia, com doces toques de
cuidado e com tom cor de rosa choque, pink, fluorescente, forças e coragem à
todas as mulheres e aos seus, que enfrentam esta fase.
Com Amor & Carinho, Eterna gratidão,
A ti!
Teu nome: Lucila!