A onda verde pairou no ar este mês que voou, por conta do dia mundial do meio ambiente, dia 05, e ações, reações e intenções movimentaram a comunidade.
Uma das ações cantada pelo sabiá e realizada pela gestão municipal foi à desapropriação de áreas na REBIO – Reserva Biológica Municipal da Serra do Japi, que costumeiramente acontece nesta data, com o uso dos recursos financeiros do fundo municipal de meio ambiente, e nem “sempre” fica claro a informação do local aonde foi o feito.
Pela legislação ambiental vigente, é fundamental e obrigatório alçar vôos na direção da desapropriação de áreas particulares de uma REBIO.
Migrando da Rebio, porção pequena comparada com o todo Serra do Japi, eis que pouso na idéia, de além da continuidade do planejamento e execução das desapropriações da Reserva; a criação de um plano de expansão de desapropriações, rompendo fronteiras, aumentando áreas de proteção integral, considerando o total território japiense (Zonas de Preservação, Conservação e Restauração).
Apropriações públicas de áreas onde forem constatadas, através de pesquisas científicas e pareceres técnicos, funções ambientais: amortecimento, corredores ecológicos e estratégias de recuperação, preservação e manutenção de interações fauna e flora, bem como, a existência de bioindicadores ambientais, como foi proposto pela Dra. Claúdia Yoshida, em seus estudos, que detalhou o conhecimento técnico-científico sobre os macroinvertebrados e os peixes dos riachos da Serra do Japi.
Com profunda clareza, seu trabalhou considera de suma importância estes bioindicadores, como elementos de monitoramento ambiental e, que tais encontram-se em áreas cuja pressão antrópica é constante e crescente, áreas onde a legislação municipal vigente é frouxa e permite, por exemplo, empreendimentos de alto padrão, desde que respeitado o índice de ocupação e aproveitamento.
Outras áreas de apropriação pública, deste plano de expansão e rompimento de fronteiras (REBIO), deveriam ser aquelas que constantemente sofrem impactos ambientais, onde seus proprietários não condizem com a sensibilidade ambiental que a Serra do Japi necessita e, continuam de forma arcaica explorando o solo.
Para tal plano criar asas, é fundamental: um estreitamento específico e participativo com os pesquisadores, pois há mais de décadas estudam os ni(c)nhos do Japi e podem auxiliar com conhecimento embasado a constituição desse, priorizando as áreas de relevâncias, e fiscalização do Japi em seus quatro cantos.
A REBIO não atingiu o marco de 100% de apropriação pública, mas outras áreas, principalmente as de amortecimentos, deveriam ser pautadas em um novo prisma, por quê?
Porque a REBIO é um território pequeno delimitado com garantia de proteção permanente prevista pela lei e porque estamos falando de um “tesouro da natureza”, eu diria um caldeirão de muitas bio-novidades, o “muito pouco” que restou de um dos biomas mais ricos mundialmente em biodiversidade.
E, preservar esta pequena porção do território, não garantirá a continuidade dos serviços ambientais que o Japi propicia.
O Japi é um todo, seus limites são naturais e estão em redução cada vez mais, com os limites criados e impostos por alguém que traço-os em uma cartografia-lei.
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