Por vezes a nomenclatura do planeta,
popularmente conhecido como planeta “Terra”, tem sido substituída por planeta
“Água”.
Título mais apropriado, já que a constituição
de 2/3 Deste é água.
Entretanto esta água tida como abundante e
infinita, há tempos vem sido desmistificada, gotejando uma verdade
inconveniente: este recurso essencial para a manutenção da vida no planeta é
finito.
Prova vivida disso, é este ciclo de verão
2013-2014! Verão atípico: seco e historicamente com altas temperaturas de
derreter calotas polares.
Recorde de 80 anos, vivido por poucos e surpreendendo
muitos.
No município de Jundiaí, em um tempo recente,
tinha-se uma propaganda que drenava aos quatro cantos da cidade: “conforto
hídrico”. Esta, surrealista caiu por “água” ou por falta de.
A cidade com atributos ambientais sofre como as
cidades da região por falta de chuvas e por não ter uma reserva hídrica
suficiente para o aumento populacional dos últimos anos.
Inserida na bacia hidrográfica do PCJ –
Piracicaba, Capivari e Jundiaí, a Unidade de
Gerenciamento de Recursos Hídricos de número 05 – UGRHI revela a tona que diante da estiagem histórica, o Sistema Cantareira que pertence à outra bacia hidrográfica (fornece 60% de água a RMSP – Região Metropolitana de São Paulo) pode não mais ofertar água.
Gerenciamento de Recursos Hídricos de número 05 – UGRHI revela a tona que diante da estiagem histórica, o Sistema Cantareira que pertence à outra bacia hidrográfica (fornece 60% de água a RMSP – Região Metropolitana de São Paulo) pode não mais ofertar água.
E por que isso deve nos preocupar?
Porque uma alíquota significativa de nossa água
represada no Parque da Cidade vem do Rio Atibaia, rio que pertence ao Sistema
Cantareira.
Porque nosso manancial: Rio Jundiaí Mirim, não
supre a demanda.
Porque a disputa por água já se iniciou em
nossa região levando o governo do Estado a criar um comitê anticrise em
parceria com o governo federal – ANA (Agência Nacional das Águas).
Porque o racionamento de água já foi decretado
para alguns dos municípios vizinhos.
Porque não chove, e sem chuvas, é impossível
recarregar os lençóis freáticos e abastecer nossos rios.
Porque ainda há pessoas que desperdiçam água,
como que esta estivesse brotando do céu em sua normalidade.
Porque a DAE – empresa mista que gerencia a
distribuição de água já anunciou que em 15 dias teremos racionamento de água.
Agora, está mais do que na hora de fecharmos as
torneiras, abrindo a mente para mudanças...
Racionalizar o uso da água;
Conservar a mesma através de ações de renaturalização
dos corpos d’água, permeabilidade do solo, promovendo a recarga dos lençóis
freáticos;
Captação e uso das águas pluviais;
Reuso de água;
Que este verão intenso e seco seja a gota
d’água em aviso, da necessidade urgente em preservar o diamante líquido que nos
resta.