Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




21 março 2013

Hora água, hora planeta


Confesso que compor este, com o mesmo tema ano após ano, exigiu mais que estímulo de alguém que gosta de escrever.
Exigiu reflexão e um detalhado pesar, pesando e pensando que água = ou + vida, ainda que tenha um dia específico de comemoração no globo, talvez seu valor, sua importância, não sejam devidamente admitidos individualmente e coletivamente.
Não se trata de ceticismo, pessimismo, facciosismo e nem qualquer outro ismo.
Os sufixos usados são junções fato indignação por cada vez mais ver: solos impermeabilizados, matas ciliares arrancadas, rios poluídos, canalizados e tamponados, nascentes aterradas.
Vizinhos com vassouras hidráulicas, vazamentos gotejando descasos, esgoto in natura boiando em corpos d’água, lixos jogados a revelia.
Este cenário é visto da janela de quem quiser observar, é visto nas cidades, é visto em Jundiaí.
Navegando fluvialmente na bacia hidrográfica de Jundiaí, o maior Rio da cidade que carrega em suas águas, além do mesmo nome do município, altas cargas da ignorância: poluição; é classificado no pior estágio de degradação dos corpos d’água, conforme leis ambientais. Nasce limpidamente na Serra dos Cristais e deságua suplício no Rio Tietê, na cidade de Salto.
Remando em um de seus afluentes, o Rio Jundiaí-Mirim, este merece um mergulho profundo, pois é manancial de abastecimento público, sendo represado em um parque. Nasce em Jarinu, município lindeiro e tem o mais alto nível de padrão de qualidade de águas, entretanto especialistas já alardearam sobre a dificuldade de manutenção da preservação das boas características deste, com os crescentes índices populacionais e áreas agricultáveis.
Nadando contra a correnteza, o Rio Guapeva, outro afluente do Rio Jundiaí, tem seu leito totalmente retificado e canalizado, e suas águas vindas da face sul da Serra do Japi, sofrem poluições e intervenções, consequentemente perdendo qualidade e reduzindo volume.
Descendo de acqua-ride o córrego do mato, que em seu nome trás a alusão, de que certo dia existiu mata ciliar em suas margens, foi mexido, remexido em razão de obras públicas com o propósito de evitar “alagamentos” na avenida, exterminando a comunidade aquática que ali vivia.
Velejando em águas cristalinas, mananciais de bairros do município; córrego do Moisés, ribeirão Padre Simplício e ribeirão Caxambu; estas águas são vertidas das nascentes do Japi, vetor oeste, e não há bons ventos soprando-as, pois a pressão de uso e ocupação nessa região, e a crescente demanda, prenunciam escassez.
E por fim, sem afogamentos, temos a responsabilidade de cuidar do Rio Capivari, manancial de municípios vizinhos (Louveira, Valinhos e outros jusantes), rio que nasce no Norte da cidade e, muitas vezes, vi crimes ambientais sendo depositados, através de bota fora de entulhos, intervenções horripilantes em áreas de preservação permanente.
Triste é a constatação: para curtir qualquer esporte aquático mencionado neste texto, não temos nenhum rio na cidade e, que cuidemos para continuar ter água nas torneiras, não só para o hoje, ou o amanhã imediato, mas sim para as futuras gerações que estão por vir.
Dia 22 de março, dia mundial da água, dia de esgotarmos as possibilidades de rever nossos rios vivos, drenando qualidade e abundância.
Feche as torneiras, não a mente!
Dia 23 de março, dia mundial de apagar as luzes por 60 minutos e participar da campanha da ONG WWF “Hora do Planeta”.http://www.wwf.org.br/participe/horadoplaneta/hp2013/
Apague as luzes, não as idéias!

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