Uma nascente, que borbulhava, em quantidade e qualidade!
Vertia sua química, drenava sua física, brotando do solo; fonte, mina.
Minava e provia vidas.
Resfrescante emergência, percorria o asfalto de um vale urbanizado.
Ainda percorre, mas não percola.
Caminha em menor intensidade a uma galeria pluvial qualquer, minguando dia-a-dia a um sepulcro, um suplício, um sacramento.
Da minha sacada, tenho outras sacadas desta estória sucedendo e insurgente, lamento as inúmeras nascentes como esta, sobrevivente, que ainda são aterradas.
Sua foz alimenta um córrego, de nome “Mato”, mas que de mato, só o asfalto e as lembranças.
Sua função, oxigenação. O “Cor(r)guinho” no sentindo pejorativo, é um corpo d’água com vidas aquáticas e avifauna presente.
Situado em uma via vicinal de Jundiaí é corpo receptor de inúmeras nascentes como esta, que pertencem a sua micro bacia.
Seu destino final, Rio Jundiaí, Rio maculado, em(bos)calhado que vai ao encontro de outro Rio deteriorado, o Tietê.
Divisor de água e estórias, esta finda-se com a triste constatação: as nascentes urbanas não são preservadas como fonte de vida e sim sepultadas, não cumprem suas funções ambientais e ecológicas de recarga do lençol freático, pois o solo virou concreto, os corpos d’águas não possuem seus cílios (matas), constantemente são assoreados, quando não canalizados e/ou tamponados e o Rio, ahhh, está morto, pois ao invés de peixes tem esgoto.
Acho que esta estória está ao contrário e ninguém reparou!!!
Salve, salve nosso Castelo d’água, o Japi.
Vertia sua química, drenava sua física, brotando do solo; fonte, mina.
Minava e provia vidas.
Resfrescante emergência, percorria o asfalto de um vale urbanizado.
Ainda percorre, mas não percola.
Caminha em menor intensidade a uma galeria pluvial qualquer, minguando dia-a-dia a um sepulcro, um suplício, um sacramento.
Da minha sacada, tenho outras sacadas desta estória sucedendo e insurgente, lamento as inúmeras nascentes como esta, sobrevivente, que ainda são aterradas.
Sua foz alimenta um córrego, de nome “Mato”, mas que de mato, só o asfalto e as lembranças.
Sua função, oxigenação. O “Cor(r)guinho” no sentindo pejorativo, é um corpo d’água com vidas aquáticas e avifauna presente.
Situado em uma via vicinal de Jundiaí é corpo receptor de inúmeras nascentes como esta, que pertencem a sua micro bacia.
Seu destino final, Rio Jundiaí, Rio maculado, em(bos)calhado que vai ao encontro de outro Rio deteriorado, o Tietê.
Divisor de água e estórias, esta finda-se com a triste constatação: as nascentes urbanas não são preservadas como fonte de vida e sim sepultadas, não cumprem suas funções ambientais e ecológicas de recarga do lençol freático, pois o solo virou concreto, os corpos d’águas não possuem seus cílios (matas), constantemente são assoreados, quando não canalizados e/ou tamponados e o Rio, ahhh, está morto, pois ao invés de peixes tem esgoto.
Acho que esta estória está ao contrário e ninguém reparou!!!
Salve, salve nosso Castelo d’água, o Japi.
Lindo! Há séculos o mundo está ao contrário, Paty, valorizando aspectos que dizem respeito a uma outra condição, por si só não alinhada com os padrões naturais que deveríamos preservar. Basta!
ResponderExcluirPerfeito! Suas iluminadas palavras descrevem uma realidade cada vez mais triste e irreversível. Seja o "corriguinho" ou outros, o destino destas águas urbanas é mesmo o fim, quando poderia significar início, esperança, responsabilidade e consciência. Será um dia? I hope so. Abraços
ResponderExcluirPaty, sábia reflexão do avesso de nossos tempos, como bem colocou o amigo Mensageiro. Tenho esperança de que só daqui muitas e muitas gerações isso mude e o curso natural de nossos córregos e rios fluam de forma mais saudável. Estávamos a marcar nossas férias e mudamos o curso por diversas vezes ao constatar que a interferência do homem já é muito triste, levando muitas praias a péssimas condições de balneabilidade e comprometendo a saúde dos que lá vivem ou visitam... Isso não é novidade, mas é triste. Em Natal (Praia de Ponta Negra) um grupo liderado por um ambientalista e empresário local, esta se mobilizando para evitar a construção de mais um emissário urbano. Graças a este pessoal que espera não repetir os erros do passado ainda presente entre governantes desgovernados. Ai querida, desculpe pelo desabafo, mas suas palavras foram como um alento a minha indignação constante. O que fazemos para mudar, todo dia me pergunto...
ResponderExcluirVamos em frente querida Salerosa, desbravando com nossas palavras e sentimentos o mundo que queremos para os futuros habitantes.
Um ecograndebeijo!!!!
Pri
Obs: o link para informações daquela revista feita de plástico que vc perguntou esta bem no começo do texto daquele post, em Estilo Ecochique.
Viva Paty!!
ResponderExcluirInfelizmente o ser humano prefere aprender mais pela dor do que pelo caminho do amor entendendo o valor real de algo quando o perde.
Se considerarmos o cenário de um futuro daqui a 100 anos (bem otimista!) com escassez generalizada de água e com a possibilidade de haver violência entre nós para o controle dela, esse desdém atual pelos recursos hídricos se transforma em uma hemorragia lenta e fatal deste mundo insustentável de valores duvidosos.
Espero que cresça o nível de interesse e importância dos recursos hídricos semelhante ao que ocorre hoje com as emissões de gases prejudiciais ao clima. Sorte a nossa das crianças de hoje serem rápidas, inteligentes, flexíveis e com consciência e sensibilidade ambiental celestial!
Boa Semana!
Amigo André, basta mesmo!!!
ResponderExcluirAinda que poucos reparam nisso...
Grande abraço
Paty
Me too,friend Haroldo!
ResponderExcluirTem q ser!!!
Grande abraço
Paty
Oi Amiga Pri! Seus ecos correspondem com os que reparam nas condições insustentaveis que vivenciamos!
ResponderExcluirQuestiono-me tb sobre o caos que cada vez mais será estreito e abrangente.
Vamos que vamos...dissimindo a semente.
Grande beijo, boa semana ai!!
Paty
Oi, Mauro!!
ResponderExcluirA necessidade fará que as questões se aplume?!!
Tomara..., Meu DEUS, tomara!!
Grande abraço, boa semana ai pra vc, aonde tu tiver.
Paty
Oi, Patrícia!
ResponderExcluirVim te visitar por indicação da Yvone, Casas Possíveis. Enquanto lia o seu texto, senti um misto de dois sentimentos. O de alegria, por estar diante de algo tão bem escrito, já que gosto de ler textos bem feitos. Mas por outro lado, consegui visualizar com tristeza um riozinho agonizando... lamento por essa tristeza. Lamento mesmo...
Sua postagem em foco na preservação ganha tom de alerta e pedido de socorro que deve ecoar em nossas mentes e ações, água é vida sem ela não jeito que dê jeito será que ninguém entende???
ResponderExcluirValeu pela puxada na orelha em possibilidades.
Sucesso e grande abraço com meus respeitos pela luta.
Ola, Lidiane! É um prazer sua visita, desejo que volte sempre! Obrigada por sentir junto e lamentar o lamentável.
ResponderExcluirGrande abraço
Paty
Oi, Eduardo, acho que ainda não entenderam o que será uma torneira aberta sem os seu conteúdo escoando!
ResponderExcluirValeu pela visita!
Grande abraço.