Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




22 outubro 2009

Se eu fosse uma árvore...


Iniciaria minha vida, esta passagem, com a expectativa de um embrião fecundado, sim, nasceria de um romance entre flor e beija-flores, ou talvez flor e abelhas, ou ainda flor e besouros melíferos.
Seria polinizada em minha Mãe - Matriz, em floração e forração de cor, tom, aroma e sabor, proliferação exalando o ar, em formato de anteras e estigmas, prontos a fertilizar, em um banquete de néctar e pólen a saciar.
E em pétalas esperaria minha nova fase despertar no horizonte, agora eis que talvez fosse um fruto, destes robustos, carnudos, aromáticos e deliciosos a experimentar, deleitando a fauna, que procurasse alimento.
E ainda pendurada no galho do pé de minha Mãe – Matriz esperaria o destino traçar o próximo ciclo.
Talvez, como alimento a tangarás, sauas, quatis, sanhaços, saguis, guaxinins, jacus, preguiças, morcegos, quem pode saber a quem servirei? Ou quem pode saber, quem me servirá?
Talvez, ainda fruto, amadureceria e desprenderia do pé, despencando para Mãe Terra preparar-me como Filha da Terra.
Passando pelo trato digestivo de algum dispersor ou pelo preparo da Mãe Terra, agora seria Semente a germinar.
E uma vez semente, semearia minha história, entre tantas possibilidades que somente o vento, a chuva, a luz e as intempéries podem testemunhar.
Acolhida pelo solo gentil, os senhores raios solares, as senhoras gotas de chuvas e o excelentíssimo nicho que me cerca, fariam de mim plântula, muda, mas com vida a pulsar, ativando minhas seivas, e eu prendendo-me em raiz, outra fase a iniciar.
Já em fase de muda, desenvolveria folhas, ramos e também fotossíntese, síntese de minha vida em contato com a natureza e cresceria retirando somente o necessário da Mãe Terra, sabendo desde sempre que preciso compartilhar, oxigenando o meio.
E ainda, em tempos de um tal efeito estufa, aquecimento global, que promete derreter a tudo e a todos, esta minha doação bendita, ajudaria manter a temperatura ideal do planeta. E quanto gás carbônico tem á consumir, geração a estufar, mas aproveito para meu crescimento estreitar.
E eu, em meu crescimento, talvez fosse uma espécie, dentre as espécimes que nascesse agraciada pela sombra da floresta, tendo o desenvolvimento vagaroso e suave.
Talvez fosse uma espécie, dente as espécimes que vingassem no solo exposto e crescesse rápido, sombreando o espaço.
Ou seria a interface de uma ou de outra, mas cresceria cumprindo minha sucessão ecológica.
Cresceria ao ponto de produzir-me em flores e néctar, tornando-me frutos e renascendo-me em sementes, dando um pouco de mim, brotando em um tanto de outros.
E na fase madura como pioneira, secundária ou clímaces, sentiria a essência do puro e simples equilíbrio da Mãe Natureza, que sabiamente e ciclicamente tudo transforma.
Até o dia e a hora que alguma mão de homem impedir-me de viver, sonâmbulo e presunçoso, Este nem perceberá meus atributos ofertados, e são tantos, que me custa a compreender tamanha ignorância, pois como pode alguém viver sem flor, fruto, semente, sombra, frescor, ar, sem a minha bela presença na paisagem? Miragem!
Mas, sigo verticalmente brotando fé, nas Mãos de DEUS.

15 comentários:

  1. Que belas palavras Paty! Há muita sensibilidade no texto,uma analogia perfeita. Consegui me transportar naturalmente neste desejo... Se me permite, também visualizei minha Pri neste desenrolar de sentimentos... Grande abraço!

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  2. Emocionante viagem querida amiga, transpondo nossa visão e sentidos aos pés destes serem fantásticos e fundamentais. Também fico sempre a me questionar, como podem derrubá-las em nome de tão pouco... Elas continuam aí, brotando fé, brotando vida e brotando em alguns corações o verdadeiro sentido de ser gente!
    Você é mais do que especial e merece ser um dia uma árvore!
    Um grande beijo de sua eterna admiradora,
    Pri

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  3. Ola, Casal Feliz!!! Obrigada por passarem por aqui!! Vcs são maravilhosos e por isso se despertam com o verde, com a vida.

    Pri, te admiro tanto quanto, tenha certeza. Admiro tb vcs como família, que DEUS sempre abençoe vcs e que vcs reluzam sempre esta luz que emana do amor, do carinho e do cuidado que ambos têm um com o outro.

    Sou fã deste casal 20!!

    Beijos e abraços
    Paty

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  4. Verde viagem aos encantos naturais,
    PARABÉNS, Paty!
    Quando li pela primeira vez, me fez lembrar grandes poetas, que se curva diante da eterna beleza sutil, da mãe natureza, e que sabes dos riscos da ferida acesa pelos homens sem coração...
    Que seje grande seu crescimento!
    Um grande abraço
    Osmar

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  5. Olá Paty,
    Suas palavras fecundam a natureza em nós.Provoca uma proximidade, uma transcedência!!Aqui mato a saudade da mata.
    Um abraço na árvore!

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  6. ÔÔÔ, Querido Amigo Osmar, estou feliz por vc passar aqui, sabes bem como sua opinião tem peso e como é grande meu amor por vc!!!

    Obrigada, O Japi e a vida boa e loca, me inspiram.

    Grande beijo.
    Paty

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  7. Oi Mauro, vc não imagina minha felicidade nessa transcedência!! Viva a mata, viva o verde.

    Este texto foi uma proposta da amiga Priscila e da turma árvores vivas, www.árvoresvivas.com.br.

    E assim, fecundou-se em palavras!!!

    Grande abraço de árvore.

    Paty

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  8. Paty, confesso que me perdi no meio da mata, envolvido por palavras de rara beleza que refletiam, em essência, o verdadeiro espírito verde. Saio inebriado!
    Gdeee beijo,
    andré

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  9. Oieee Andre,

    Fico sempre inebriada com tamanha beleza desta natureza!!

    Beijo

    Paty

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  10. Queridíssima, hoje a mamãe partiu. Mulher guerreira, resignada mas batalhadora. Lutou muito bonito pela vida nos deixando grandes lições. Bjs

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  11. Bom dia, Kyria Kerida! Forçassss!!

    Meus sinceros sentimentos.

    Grande abraço em seu coração.

    Paty

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  12. Que linda a sua mensagem Patrícia, fiquei muito feliz com teu e-mail e já distribui para os amigos, quem sabe eu consigo um grupo...um beijo e muito obrigada!

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  13. Oi, Cris, obrigada!
    Vou torcer que sim, assim nos conheceremos pessoalmente.

    Ecobeijos
    Paty

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  14. Oi, Santinha, obrigada pela visita.

    Ecobeijos

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