Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




20 janeiro 2013

Manchetes: "Água"

Bem verdade é tal dito: “o jornal de hoje é embrulho amanhã”!

As páginas mono com alguns coloridos são avistadas diferentemente por seus leitores, entretanto com o único destino final.

Manchetes, matérias, releases, fotos e fatos, todos os registros deveriam eternizar, mas são momentos do dia da edição, e pouco ou somente a quem possa interessar, guardam tais, talvez na memória ou em uma caixa qualquer.

Eu, como já escrevi algumas vezes para os jornais local, tenho algumas páginas de edições anteriores guardadas, em uma pasta verde.

Arrumando as gavetas por esses dias, deparei-me com a pasta e comecei a re(viver)ler as opiniões impressas, que oras ali, por impulsão ou não, desempenhei sem qualquer pretensão, o papel de formadora de opinião.

Um texto que escrevi e que sempre bati na tecla sobre a questão, quando discutido o assunto da água no município, é o tão propagado “conforto hídrico” de Jundiaí.

Como profissional da área, ambientalista e cidadã interessada na manutenção da qualidade de vida de Jundiaí, bem sei que esta propaganda muito feita, às vezes nas mesmas páginas mono com alguns coloridos, datadas e impressas, de que falamos anteriormente, é ilusão (idi)ótica, pois não precisa ser expert no assunto para entender a matemática pura de que crescimento populacional versus aumento do consumo de água resulta em déficit futuro do uso do recurso hídrico.

O texto dizia mais ou menos isso, além de chamar a atenção para nossa represa, que armazena uma alíquota de água do nosso manancial, que na época estava com seu nível baixo, baixíssimo, e escombros de demolições as vistas.

O tempo passou, as chuvas vieram, inclusive as de março e, estranhamente em alguns anos até em junho e julho, época seca. Também, creio eu, que os escombros permanecem no fundo da represa e o assunto água continuou ser divulgado, iludindo a comunidade com o espelho d’água que temos.

Eis que em um dia qualquer recente, eu web-leitora dos jornais local, me surpreendo com uma declaração da secretária de planejamento e meio ambiente, Daniela, não gravei seu sobrenome ainda, sobre a fragilidade da questão hídrica em nosso município.

Realmente, é um novo começo de era...e tomara que seja de gentes finas, elegantes e sinceras!!!

Verdade seja dita: Jundiaí pertence a uma bacia hidrográfica (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) com um dos maiores déficit de disponibilidade hídrica versus consumo/ habitante. Ainda, possui uma outorga de autorização de captação de água do rio Atibaia; detalhe: ainda; pois este rio é formador de reservas hídricas para o sistema Cantareira, que abastece 52% da região metropolitana de São Paulo.

Também, com a toada de crescimento demográfica que a cidade incorporou nesses últimos anos, o aumento extra, da curva populacional natural padrão da cidade, é muito maior e considerável, para a garantia de água nas torneiras.

E, infelizmente, nossos rios estão sendo poluídos ou são poluídos.

A questão é crítica mesmo, requer seriedade nas tomadas de decisões e um raio X detalhado.

Enquanto isso, façamos cada qual a sua, sendo racionais com o uso da água, lembrando atentamente que a “torneira” aberta desnecessariamente, esvazia, esgota, esvaia o precioso diamante líquido da vida.

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