Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




31 março 2011

Marcos ambientais de março

 Neste mês, março, além de celebrar mais um ano o primeiro referendo preservacionista da Serra do Japi, o tombamento, comemora- se o dia mundial da água e acontece a ação mundial: hora do planeta.

A leitura cronológica destes marcos ambientais instiga uma avaliação minuciosa. Há vinte e oito anos o tombamento poligonal do Japi sucedeu para disciplinar o uso e a ocupação do solo, há dezenove anos elaborou-se a declaração de dez direitos universal da água, para garantir a continuidade da vida, e mais recentemente, há 4 anos, articula-se o movimento contra o aquecimento global, afim de evitar um colapso mundial.


Estes eventos de suma importância são verdadeiros paradoxos, que a cada ano evolui contrapontos e insights dignos de reflexão.


Começo abordando o tombamento da Serra do Japi; Por que atividades altamente impactantes são desenvolvidas até hoje no frágil território? Quais ações mitigadoras, compensatórias e prevencionistas são desenvolvidas nas áreas que sofreram e/ou sofrem impactos ambientais? Como está a gestão participativa e aplicada?


Agora, outra diretiva não menos importante relacionada com a questão hídrica do município; Existe um plano de gerenciamento hídrico, compatibilizando os recursos disponíveis com o uso? Que controles existem quanto à poluição das águas, principalmente nas áreas rurais, onde é desenvolvida agropecuária ?


Quanto é a disponibilidade hídrica em Jundiaí considerando o aumento populacional? O que tem sido feito para preservar as nascentes nas áreas rurais e urbanas que ainda não foram enterradas? E, qual é a previsão para sanear os locais que ainda não possui saneamento básico?


Por fim, o movimento anti o aumento da temperatura do planeta; O município se integrou à lista das cidades participantes? Existem ações educacionais no município que fomentam a participação e divulgação do movimento? O que Jundiaí faz contra o aquecimento global?


Eu desconheço as respostas! E tenho uma interjeição, o dever verde azul está em vermelho no boletim estadual, como mostra a pontuação do selo municipal ambiental, o qual o município não conseguiu aprovação, re-certificação!


Penso que por termos uma Serra do Japi, que clama por longos anos a atenção e é inspiração para tantos, um “conforto hídrico” propagado, com as águas da bacia hidrográfica do Japi e do rio Jundiaí – Mirim e, por apregoar-se qualidade de vida aos munícipes, as questões acima deveriam estar bem elucidadas ou pelo menos rascunhadas, onde as resoluções pudessem ser passadas a limpo, do papel legal para a prática real, com transparência e de conhecimento público.


Uma gestão ambiental eficiente dá sólidos subsídios às ações, e podem ser estendidas em todos os atributos ambientais da cidade, conquistando notas azuis e pontuações verdes da comunidade.


Isto se resume em pensar globalmente e agir localmente, estreitar ações coletivas com individuais, na sinergia do bem comum e da continuidade da vida.


Mas, para a utopia virar fato, pois não cabem somente aos dirigentes políticos os feitos, a comunidade precisa interagir, integrar, exigir e fazer acontecer.


Portanto, mais uma pergunta que não posso deixar de digitar: Quem está preocupado com tudo isso?



“Deixe suas pegadas no Japi,
Mas não suas marcas impactantes,
Feche as torneiras,
Mas não os olhos,
Apague as luzes,
Mas não os ideais”.






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