Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




29 janeiro 2009

Os BONS lenhadores do Japi.

Quantas histórias, fábulas, relatos ou narrativas conhecemos sobre os lenhadores!

Ouvimos ou lemos as histórias quando aprendemos sobre a profissão, as fábulas, quando refletíamos sobre a vida, os relatos quando viravam notícias e as narrativas quando mantínhamos informados.

Enfim, a associação que resgatamos em nossa mente, quando ouvimos ou lemos “lenhadores” são infinitas, neste universo de possibilidades.

Esta história, fábula, relato e narrativa que vou descrever, não é ficção, mas garanto que é pura emoção!

Um besouro um tanto curioso habita o precioso Japi, um não, algumas espécies.

Lá, ele é conhecido como o “bom lenhador da floresta”, besouro Serra Pau. Seu comportamento característico de hospedeiro-podador consiste na época de reprodução, o corte de diferentes espécies de plantas.


Poda in natura
Suas preferências variadas podem ser ramos finos, galhos grossos e ainda o eixo principal da escolhida espécie – berçário.

Dentre o universo de possibilidades, o besouro fêmea exala seu hormônio de receptividade para o acasalamento, atraindo os besouros machos.

Após a atração, os seduzidos terão uma disputa acirrada para fazer o ganhador emérito, que terá como recompensa, a reprodução. O maior par de antenas será a derradeira vitória.

Acasalamento

A fêmea por sua vez, projeta o berçário, através do corte e anelamento da espécie escolhida, que após o eficiente trabalho derruba o ramo ou o galho ou o tronco, fazendo incisões e inserções.

Incisões

Nestas, serão depositados os ovos, que eclodirão e se transformarão em larvas, alimentando do caule, matéria orgânica, que um dia foi seus berçário.

Passado algum tempo, estes serão os novos bons lenhadores da floresta. Desempenharam o trabalho de poda, que dará sustança a suas escolhidas. Algumas vezes as podas são rudes e as escolhidas podem vir a morrer, mas na natureza tudo se recicla, tudo é reaproveitado, tudo pode ser reutilizado.

As que deixaram de viver, certamente farão parte do ciclo dinâmico da floresta, e favorecerão novas vidas.

9 comentários:

  1. Paty
    Gostei muito, meus parabéns mais uma vez pelo seu trabalho, continue assim.
    Impressionante a foto da poda in natura.

    Abç

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  2. Uau!!
    eta, bicho legal,
    esse Serra Pau,
    esse Ecos do Japi
    é tão bão
    que até levanta o nosso astral!
    bjos Paty
    tchau!!

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  3. Nosssaaaaa!! Quanta honra Sonny Boy, sou sua fã!!

    Valeu a rima e o comentário!

    Está convidado a compartilhar sempre os Ecosss do Japi.

    Satisfação mil.

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  4. Oi Nelsinho, obrigada !!

    Vou continuar trilhando e desvendando as infinitas possibilidades desta vida!

    Acompanhe sempre, está convidadíssimo!

    Bjo

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  5. Nem ao menos a conheço
    mas te ouço muito bem
    nesta bela fLorETRAS.

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  6. Ótima foto da privacidade do acasalamento dos pequenos animais.

    E são inúmeras história que cercam os lenhadores, tenho certeza disso!

    Parabéns pelo blog!

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  7. Puxa Paty, tu ta inspirada heim?
    Na floresta parece que há milhares de "bons lenhadores". Lá em Mauá aprendi que cada bichinho por menor que seja, tem sua razão de existir.
    Parabéns pelos posts estou acompanhando viu!
    bjk

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  8. Ola Mauro!

    Obrigada pela visita, seja sempre bem vindo!

    Ah! Se a floresta pudesse falar, ela diria: Quem não ouve meu silêncio não entende minhas palavras"

    Grande abraço

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  9. Que beleza essa história... é muito bacana essa tradução que você vai fazendo dos mistérios do Japi para o nosso cotidiano. Parabéns.

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