Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




02 setembro 2015

O B.A Bá do crescimento e da preservação do Japi.


A arte de retratar o Japi - seja através de imagens panorâmicas de suas belas paisagens e contornos, ou imagens macro de seus formatos e tons; seja na descrição de seu ‘caldeirão’ de biodiversidade, fauna e flora - é um deslumbre paradoxal intrigante.

Sim, porque ao mesmo tempo em que se pode ver uma delicada flor sendo polinizada por uma borboleta em uma borda de mata qualquer, pode-se ver uma construção fatídica quase que competindo injustamente o mesmo espaço, infringindo território, adulterando limites.

É a beleza natural da interação ecológica versus a ocupação demográfica da cidade.

Chega a dar um certo grau de agonia e desconforto essa disputa, que quando vista de cima, com um olhar crítico desafiante,  encoraja a pensar nas possibilidades sustentáveis de manter uma floresta em pé, cujo seus limítrofes são megalópoles.

Atiça ainda mais o pensar, quando fica-se sabendo que no oitavo mês do ano, ocorreu a sobrecarga do planeta – esgotamento dos recursos que a Terra é capaz de oferecer de forma sustentável no ano. (Dados do Global Footprint Network - GFN).

E a opção que resta para esta ‘conciliação’ é uma questão básica: entender os limites e gerenciar suas confluências. Tem também uma sequência lógica: planejar o uso e a ocupação do solo de forma a garantir qualidade de vida, almejando um notório resultado: equilíbrio!

E por que cutucar a onça? Porque a Serra do Japi não é só um cenário de beleza cênica, morada do maior felino das Américas -- a onça pintada; habitat onde ocorrem inúmeras interações ecológicas com diversidade de flora -- árvores, arbustos e plantas. A Serra do Japi é gradiente de chuvas, reguladora de temperaturas e estabilizadora de climas.

É também uma área de nascentes de rios, a propósito “cabeceiras de rios” é uma das traduções da palavra Japi na língua Tupi Guarani.

De fato, no Japi como um todo: desde a mais simples borboleta até a onça pintada, desde a mais simples planta de borda até um jequitibá, desde um fio de água até suas nascentes, riachos e cachoeiras, há vida pulsando!

Cada vez mais é perceptível a cidade subindo a Serra. Refletir na urgência de tranversalizar a preservação da Serra do Japi, contextualizar as necessidades de qualidade de vida e configurar a cidade e seu crescimento com base nessas vertentes é um grande desafio aos profissionais de planejamento, arquitetura e dos administradores públicos em cada projeto pontual ou abrangente.
Fazer do meio ambiente, um ambiente inteiro, planejar uma cidade onde as espécies e espécimes da Serra do Japi ocupem os espaços, isso talvez, possa ser o viés preservação versus crescimento.