Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




13 fevereiro 2013

Trekking ANDO o Carnaval, pulando em histórias e sambando nas trilhas.


Neste feriado extenso, decidi encarar um trekking que há tempos cobiçava. Já sabia do esforço físico dispensado; pulmões, pernas e coração a milhão; do conforto zero, dos improvisos no caminho, da mala reduzida ao estritamente necessário, porém pesada, vaidade ....? de lado total, entretanto de alma atenta e olhar desperto para admirar lugares lindos, que no caso deste texto, as palavras desta que escreve, se afasia, pelo simples fato do desconhecimento da linguagem, adjetivos retrátil que expressem a singularidade pura e bela desta reserva, a qual literalmente sambei nas trilhas, oras úmidas e encharcadas por conta de abundância de água de seus vertedouros.

Nestas andanças, também não há como não pular na história do lugar e saltar dentro do nicho que compõe o todo, o individuo, a essência.
E lá, a cada minuto, a cada olhar, em todo canto, o novo; convergir em reflexão de idéias, admiração, aprendizado, fomentando emoções.

E assim se deu, quando trekking ando o Carnaval, pulando em histórias e sambando nas trilhas, conheci os enredos, entrechos de histórias reais, que podem até compor peças e/ou romances da vida como ela é, nos confins.

E a vida simples, singela e de respeito a todos os seres por simplesmente ser, encanta e agrega os cuidados para a alma.

Estou falando dos nativos destes cantos, que ali e dali sustentam a si, somente com o necessário, sabem preservar a natureza, pois dela extraem subsistência, respeitam todas as formas de vida e da labuta diária vivem o contato direto da artimanha do simples, compondo o enredo verídico do lugar.

Aqui no Japi, um lugar lindo tal qual, mas diferente, também têm esses figuras, contadores de histórias, mateiros, pessoas simples, que conhece bem os três profundos vales desta Serra.
Moram desde a maternidade, cresceram vivenciando as fases no Japi, testemunhando transformações, e hoje com famílias estruturadas, dando continuidade, desempenham funções ora de caseiros, ora de trabalhadores no centro da cidade.

Estes com um acervo de conhecimentos da floresta local não formatado em páginas ou registrados em livros, merecem afetuosamente admiração e respeito, principalmente pela história raiz.

Abordo o tema para profunda reflexão, pois na revisão da lei de gestão da Serra do Japi, não basta o ambiental, o social deve ser visto e analisado, por que no território não há só proprietários abastados, há comunidades que necessitam de um aparato da gestão pública para preservar o nicho e manter história; e quando há demanda para conhecer o local, não existem monitores melhores que os nativos, que contam causos e casos.

Um olhar humano e sensível é o radical da equação: conhecer para preservar!