Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




22 abril 2010

Cenários de Gestão e Preservação Ambiental na Serra do Japi

Tenho intensamente participado desta Gestão do Conselho do Território da Serra do Japi, comprimindo em meu dia-a-dia as inúmeras tarefas, para dispor um tempinho de dedicação.

Como já postei neste espaço, vivo esta pequena contribuição, como conselheira, fomentando um ato de cidadania e envolvimento com as questões ambientais, no que tange nosso precioso santuário: Japi.

Não é tarefa fácil abdicar de tempo para viver ideais, mas é prazeroso por demais vivenciar isso!!

Mensalmente reuno-me com o Grupo de Conselheiros, composto por diversos segmentos para aplicar a Gestão Ambiental no território Japi. Estas reuniões ocorrem todas as terceiras quartas-feiras dos meses, raras exceções quando postergada devido a algum feriado, como ocorreu este mês.

Além de ressaltar o convite a todos que se interessam pela questão, em participar, contribuir de alguma forma e dispor de tempo e idéias para enfim alinharmos a preservação desta relíquia, quero narrar de forma suscinta alguns acontecimentos e discussões do Conselho, instigando os apreciadores das montanhas amoldadas no horizonte.

Nesta última reunião, profissionais habilitados do corpo técnico da Fundação Florestal, órgão ligado a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, aceitaram nosso convite para explanar sobre a polêmica criação de um Parque Estadual na Serra do Japi.

As informações preciosas de cunho legal e técnico dispensadas, delinearam em atender as expectativas, não de equacionar um denominador comum neste momento, pois ainda muito se têm a discutir, mas reforçar a importância de planejar pro-ativamente e criteriosamente a continuidade da preservação da Serra do Japi, como patrimônio da biodiversidade, lá contida e retida por anos à fios.

Alguns pontos interessantes do contexto abordado, trago aqui no texto:

- Novo e moderno conceito de implementação de Unidade de Conservação, com a criação de MOSAÍCOS de Unidades: no município de Jundiaí já temos uma Reserva Biológica (Unidade de Conservação de Proteção Integral), somos uma APA Estadual (Unidade de Conservação de Uso Sustentável), assim poderíamos acrescer; um Parque (Estadual ou Intermunicipal – Unidade de Conservação de Proteção Integral) com a interligação de RPPN’s (Reserva Particular de Patrimônio Natural – Unidade de Conservação de Proteção Integral) em propriedades que há veemente interesse de seus respectivos proprietários, em preservar plenamente o pico;

- Plano de Manejo: há quase dois anos foi elaborado um criterioso Plano para a Rebio, porém ainda continua impresso somente nas inúmeras páginas do apresentável trabalho, sendo sua implementação imediata à partir das constatações descritas em seus programas, assim sendo, sua confecção de nada vale, se permanecer na gaveta de algum gabinete;

- Uma nova categoria de Unidade de Conservação: Monumento Natural que não demanda a desapropriação desde que haja compatibilidade do uso da propriedade em preservar.

- Parque Estadual (Unidade de Conservação de Proteção Integral): segundo os profissionais da Fundação Florestal, com toda a deficiência do Estado (e que deficiência!!), esta “categoria” é a que mais protege e preserva a biodiversidade e as áreas florestais no Estado; e por fim, a ratificação da importância do Japi para os municípios abrangidos e região;

- O Japi é considerado área prioritária de preservação pelo projeto Biota da FAPESP.

Estas discussões, muitas vezes acaloradas, vêem a calhar neste momento em que infelizmente o Japi encontra-se abandonado...


07 abril 2010

Desconexão

Não raro, conecto minhas excursões com incursões introspectivas, na tentativa de plugar raciocínios com emoções.
As tentativas são muitas, algumas substanciais, outras por sua vez evasivas, mas todas na sincera intenção de realinhar conexões intra-interespecíficas.

Ao atentar-me para as belas paisagens, percebo a adsorção de conhecimentos que podemos alçar, relacionados com padrões espaciais, processos ecológicos e sentimentos.

Padrões espaciais ou áreas geográficas propõem-nos voltar ao túnel do tempo para entender o molde do planeta, manto, crosta, rochas, solo.

Processos ecológicos ou ecologia de ecossistemas submete-nos uma visão futurista que através de pesquisas apuradas converge à identificação da dinâmica, funcionamento e estrutura dos ecossistemas.

E sentimentos, ahh..., esses em grande parte são indescritíveis, mas induz reflexões e devaneios, que enfim podemos absorver do gozo do momento da bela paisagem.

Insistindo em nomenclaturar as belas paisagens, sintetizamos em uma única palavra a maioria delas, independentemente do vôo alçado por cada um.

A palavra mentalizada que costumadamente expressa-se é : “paraíso”; lugar de delícias, de belezas, de natureza = VIDAS.

Mas, depois deste meu vôo, desmedido e terno, repouso inquieta, entendendo que pouco usufruirmos de todos os paraísos, pois levianamente a conexão; terra e homem “quase” rompida, está evidenciada nas destruições das beldades paradisíacas, como exemplo a “quase” dizimada Mata Atlântica, floresta com a maior biodiversidade mundial.

E incito que pouco nos resta, além de admirar o pouco que restou, caso não haja uma massificação da bioética e um resgate; na mais pura plenitude da palavra, a conexão do homem com o seu meio ambiente, o plantar e o colher, somente o necessário = SUSTENTABILIDADE.