Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




26 novembro 2009

Era uma vez...

Uma nascente, que borbulhava, em quantidade e qualidade!
Vertia sua química, drenava sua física, brotando do solo; fonte, mina.
Minava e provia vidas.
Resfrescante emergência, percorria o asfalto de um vale urbanizado.
Ainda percorre, mas não percola.
Caminha em menor intensidade a uma galeria pluvial qualquer, minguando dia-a-dia a um sepulcro, um suplício, um sacramento.
Da minha sacada, tenho outras sacadas desta estória sucedendo e insurgente, lamento as inúmeras nascentes como esta, sobrevivente, que ainda são aterradas.
Sua foz alimenta um córrego, de nome “Mato”, mas que de mato, só o asfalto e as lembranças.
Sua função, oxigenação. O “Cor(r)guinho” no sentindo pejorativo, é um corpo d’água com vidas aquáticas e avifauna presente.
Situado em uma via vicinal de Jundiaí é corpo receptor de inúmeras nascentes como esta, que pertencem a sua micro bacia.
Seu destino final, Rio Jundiaí, Rio maculado, em(bos)calhado que vai ao encontro de outro Rio deteriorado, o Tietê.
Divisor de água e estórias, esta finda-se com a triste constatação: as nascentes urbanas não são preservadas como fonte de vida e sim sepultadas, não cumprem suas funções ambientais e ecológicas de recarga do lençol freático, pois o solo virou concreto, os corpos d’águas não possuem seus cílios (matas), constantemente são assoreados, quando não canalizados e/ou tamponados e o Rio, ahhh, está morto, pois ao invés de peixes tem esgoto.
Acho que esta estória está ao contrário e ninguém reparou!!!
Salve, salve nosso Castelo d’água, o Japi.

11 novembro 2009

Vaga-lumes

Após um “breve” recesso, eis que aqui retorno, iluminada, abrilhantada e um tanto saudosista, com as VAGAs lembranças de infância, dos primeiros LUMES marcantes com a natureza.
Vivências de criança bordejam em carrosséis, vagando a realidade, lume da essência serena e prumo da espontaneidade.
Eu & Meu Irmão Sandro brincriamos muito!!! Saudades destes tempos, que hoje revivo na prisma de Tia & Sobrinhos.
Andarolando em uma destas noites quentes na franja da Serra do Japi, tinha a lua cheia, holofote da estrada que iluminava meus passos, vaga-lumes fosforescentes, candeeiros das bordas das matas e dos meus pensamentos.
Nesta andança fui conduzida as saudosas fases já vividas, que resgataram no arqui(vi)vo, os tempos que podíamos avistar miríade de pirilampos, em plena área urbana de Jundiaí.
Isto está bem vivo em mim, mas não mais na cidade!
Brincávamos com os vaga-lumes, pelo fascínio e curiosidade da bioiluminescência destes insetos.
O encantamento de tomar com as mãos um ser pequenino que emiti luz era a sensação de desvendar os mistérios da natureza.
E quando o feito, descobríamos um pouco mais de luz e de beleza na vida.
Hoje não os vejo mais aonde ontem os via, somente nas áreas do Japi e/ou do Horto Florestal podemos admirá-los.
Jundiaí de ontem não é a mesma de hoje, nem poderia, a cidade não para, a cidade cresce, talvez seja assim mesmo o rumo, talvez este não seja a vereda, mas enfim precisamos nos atentar com o crescimento e desenvolvimento que queremos pra nossa cidade.
E graças aos Piralampos & Lamparinas podemos iluminar nossas idéias.