Eco Ação

Em seu extenso territórrio, o Japi é considerado Santuário – Patrimônio, possui protocolos legais de preservação em todas as esferas, desde os municipais (municípios que o Japi se insere – Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar), estadual (APA Cajamar, Cabreúva e Jundiaí, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), federal (Mata Atlântica, Sistema de Unidades de Conservação e Área de Preservação Permanente) e internacional (Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo).
Sua importância sublime foi referendada com esse ato internacional da ONU, decretando-a patrimônio da humanidade.
Mesmo com todas estas designações, infelizmente a luta para manter o Japi VIVO é árdua com entraves e enclaves, que objetiva a continuidade dos serviços ambientais fornecidos à coletividade não somente no presente, mas para as futuras gerações que ainda estão por vir.
Algumas ações contribuem para este ideal, como as pesquisas científicas, educação ambiental em todas as vertentes, políticas de desenvolvimento sustentável, gestão aplicada, monitoramento ambiental, plano de manejo, entre outras que podemos e devemos fazer, ou exigir dos poderes públicos.
Não podemos mais permitir o flagelo ao Japi! As atividades humanas – ações antrópicas, que interferem e impactam o meio, devem cessar, serem denunciadas e renunciadas.
Atentemos para estas ações; desvios e intervenções de cursos d’água, edificações irregulares, parcelamento do solo, uso das estradas para atividades altamente degradáveis, abandono de animais domésticos, despejos de entulho e lixo, prática de caça, prática de cultos religiosos, ateamento de fogo, desmatamento, atividades com grau intenso de som e outras.

DENUNCIE !! O JAPI AGRADECE E AS FUTURAS GERAÇÕES TAMBÉM!!




20 fevereiro 2009

Enredando os enredos do Japi.

“Tecendo novas fábulas,
Em Rede novos enredos,
Em conto,
NArro,
Eis qUe paro e deparo,
Que “nova” e “novo” são meus ApreNdizados,
Garimpados e Tecidos,
Em linhas de sedAs,
Cedendo sentiMentos,
Rede regendo este espaçO”.



O momento “Inspiração” é total e sempre! O Japi borbulha em pequenos detalhes, detalhes mil. É apaixonante a singularidade desta Serra.

Caminhando em trilhas estreitas, a espreita dos movimentos, é inevitável não desmantelar as teias das Aranhas, que nesta época vivaz, verão, tecem reprodução.

Hoje relato as espécies do gênero Micrathena , trabalhadoras árduas que não cansam e não param, seu objetivo, engendrar suas moradias pela manhã e desfaze-las à tarde, por algum propósito.

O controle que exercem sagaz em seus trabalhos, permite tencionar ou a afrouxar suas teias, manipulando suas presas.

E não para por teia os engenhos, dentre os muitos, um deles é a produção da stabilimenta.

O quê? STABILIMENTA – estrutura adicionada no centro de suas teias.

Os descobridores revelam suaves funções desta estrutura:


Estabilizar sua morada,

Sinaliza-la,

Impressionar seu porte,

Camuflar-se

Refletir UV,

Atraindo suas presas.

E eu registro mais um aprendizado: “Rede que enreda enredo, cria interfaces!”

13 fevereiro 2009

Testemunhos para preservação

Inspirada em narrar todas as histórias que ecoam em cada nicho do Japi, sigo a trilha ás montanhas exuberantes.

Embaixo de uma garoa capciosa, outras revelações são expostas, como fotos, que em frações de segundos revelam a imagem a ser registrada na lembrança, ou se tiver sorte, em uma digital.

A multi-diversidade deste santuário define-se em um “caldeirão” repleto de vidas que interagem entre si, mosaicos de diferentes condições da fenologia e da geomorfologia que testemunham por si só, a importância de preservar, resguardar, defender e sustentar esta espetacular paisagem.

Já com muitas lesões, de ações antrópicas de anos, tempos, a floresta mantém-se em pé e demonstra suas regenerações, resistências e sustentabilidade através de bioindicadores.

As árvores - Cambará-- de folhas e troncos rugosos conotam resiliência. Estas são avistadas nos caminhos das trilhas, em áreas de chão pedregoso e xérico, próximo de cactos, relíquias do período frio e seco.

Cactos no Japi

As Aroeiras fornecem de penca seus frutos à avifauna, além de segredos gastronômicos.

Aroeira - frutos

As Embaúbas exemplificam a cooperação nas interações com as formigas.

E, as Urtigas, famosas pela toxidade, se protegem como podem, queimando quem encostar para destruir-las, mas para alimentar, facilitam em puleiros prontos, a vida dos pássaros.
Puleiros para banquete

Estas quarto espécies de flora, das inúmeras do Japi, são exemplos de regeneração, resistência e sustentabilidade, que a floresta desempenha sabiamente.

A floresta tece majestosamente a harmonia, como as néfilas - aranhas que tecem suas teias douradas ou prateadas nos cantos, bordas, trilhas, ora sendo predadores, ora sendo presas, equilibrando sempre a população de vários organismos.
Suas teias, verdadeiros artesantos, quadros de mandalas com infinitas molduras de desenhos geometricos e abstratos, inspiram o despertar das palavras que rascunho neste espaço.

10 fevereiro 2009

Olho do Dia - Margarida

Destinado a expremir o Japi, peço assentimento para falar de sentimentos, que em prosas e versos palpitam em meu peito.

Deise
traduz em margarida,
Olho do dia,
Intuitiva,
carinhosa e
muito querida.

Suas cãs de sabedoria,
Anos marcados em expressões,
Revelam em seus esverdeados olhos,
A esperança das novas gerações,

Que a alegria é sempre muito bem vinda
Obrigada!
Não importa em que fase da vida,
Vida vivida
Bem vivida
Sofrida
Mas é assim a vida
Dádiva
Presente do presente,

Em velho ser
Somente na ilusão,
Por que em outra dimensão
Jovem ser,
Menina, arteira
De muitas brincadeiras
De cantigas,
De prosas,
De versos,

Avisto cores e flores,
Na sua beleza e imensidão,
Na pureza e inocência,
Na tranqüilidade e paz,
Que vives,
Encantando e cantado
Todos em sua direção,

Sei que você nunca mais será como eu,
Mas eu um dia serei como você,
E espero ser mesmo.


Esta é uma homenagem a minha vozinha (de coração e consideração), que vive intensamente seus 84 anos.

Somos parte do meio plenamente, ambiente!

05 fevereiro 2009

As Serras Irmãs

Viagem distante em percurso e tempo,
Viagem na imaginação e criação,
Viagem na realização e no sonho,
Viaje!

Nos mares de morros de Minas Gerais,
Uma província serpenteada por um caudaloso rio,
Com relevos acidentados,
Paisagem exuberante de relevante interesse cênico,
Infindáveis quedas d’água das mais variadas vazões e altura,
Magnífico mosaico – cerrado e campo rupestre—
Soerguido em formação quartizítica,
Adornado,
Torna-se um esplêndido jardim natural.

A Serra Irmã do Japi,
Um tanto quanto diferente e
Um tanto quanto parecida,
É mais um testemunho geológico da formação do planeta.

Fascinação sentir,
Apreciando 360º sob 30º.
A pintura irradiar sua vasta extensão
Com as velozias e as sempre vivas,
Que potencializam a perder de vista.

Mas são tantas, tantas e mais tantas,
Diferentes
Plantas, flores, frutos e sementes
Que ofuscam os naturalistas.

E encanta mais e mais minha vida!


Canela de Ema - Veloziaceae



Sempre Viva - Viva!!!


E vejo flores em você!